Hipocrisia Educacional.
O estado brasileiro e, principalmente, o estado de São Paulo estão envergonhados com a situação da educação pública. Enquanto os países vizinhos e distantes apresentam índices satisfatórios. Aqui, entre nós, os resultados são vergonhosos, como conseqüência de vários anos de abandono do sistema educacional brasileiro, bem como dos estados membros da união e dos municípios.
A partir da adoção do neoliberalismo no sistema educacional, onde o aluno é custo e não investimento. Os governos do PSDB e Aliados para falsear estatísticas introduziram a promoção continuada que virou automática, cuja origem foi com o “projeto substitutivo” do então Senador Darcy Ribeiro que a pedido de F.H.C, abandonou o projeto de LDBN que foi debatido por todos os fóruns de educação do país. Um projeto democrático, competente que traria melhoras para o sistema educacional brasileiro.
Darcy criou algumas monstruosidades alegando as necessidades do país e modernidade internacional, tais como: Educação à distância, promoção por ciclos, promoção continuada, ampliação do ano letivo e verbas públicas para escolas particulares (filantrópicas e confessionais).
O profissional da educação foi abandonado. Como priorizar o educando abandonando-se o “Professor”? Isso tudo foi obra do neoliberalismo que estava por trás do projeto educacional desde o início da década de sessenta.
Hoje encontramos a conseqüência: Professores sem motivação. A juventude não quer trabalhar na educação, tendo em vista os péssimos salários e a postura dos alunos nas classes.
Acabou a disciplina e a postura da nossa juventude como conseqüência direta do abandono dos valores morais, ético, estético e religioso da sociedade brasileira.
A escola laica, democrática e competente, virou instituição autoritária e demagógica. Tudo por conta da falsidade das estatísticas, principalmente, a partir de Mário Covas no Estado de São Paulo e dos seguidores nos outros estados sob a orientação do falecido Paulo Renato.
A escola cresceu para baixo a partir do êxodo rural que forçou o crescimento do número de escolas e conseqüentemente, diminuiu-se o salário dos mestres.
No presente, as autoridades possuem o diagnóstico estão cientes que tudo depende do investimento na Escola Pública, basta ver o resultado das provas do ENEN, ou seja: os Sistemas Educacionais ou as Escolas que respeitam os docentes com salários até três vezes o piso da carreira, estão no topo dos resultados. É sempre assim: Em primeiro lugar as Escolas Militares e Federais (R$ 12.000,00 por aluno/ano) em seguida, Escolas Particulares (R$ 10.000,00 por aluno ano), em 3º lugar, escolas de redes estaduais em separado (R$ 5.000,00 por aluno ano) e sempre em último, as escolas públicas estaduais ou municipais (R$ 3.500,00 por aluno ano/SP), bem menos em alguns estados.
Os números mostram a realidade. O resultado será sempre igual ao investimento. Este é um país capitalista mas os intelectuais a serviço dos governos do PSDB (Folha, Estadão, Revista Veja, etc) tentam enganar todos e todas, dizendo que o salário dos mestres não é fator decisivo para a melhora dos índices.
Montaram um sistema para desmoralizar o Magistério e punir os professores aposentados, ou seja: “a meritocracia” (Covas, Serra e Alckmin). Devemos reafirmar – “Política já foi condenada nos países que inventaram a meritocracia” entre nós querem manter o que já foi descartado. Quanta barbaridade!
Precisamos sim! Avaliar os Secretários da Educação e os Governadores dos respectivos estados da União e dos Municípios.
A Escola precisa de projetos que recuperem a imagem do Professor com respeito, salários e carreira atrativa. Para recuperar as perdas salariais desde o “maldoso Paulo Maluf” é necessário um reajuste acima de 250%.
Por que a partir de Quércia, Fleury e principalmente PSDB, acabaram com a Lei 444/85 construída democraticamente no “Governo Franco Montoro”.
A Escola Pública Pede Socorro. Só não vê...Quem não quer! Chega de enganação!
Professor Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da APEOESP.
Comentários
Postar um comentário