APEOESP – Reflexões sobre a luta do Magistério Estadual.

Professores e Professoras!
 Desde a época de Mário Covas, que o projeto educacional do governo do Estado de São Paulo é um engodo e as autoridades educacionais provenientes do PSDB culpam os “professores pelo fracasso da escola paulista”. Ao fragilizar os professores, a sala de aula se torna cada vez pior e consequentemente os resultados são decadentes.
             Medidas como a promoção continuada que se tornou automática, por imposição das autoridades educacionais, bem como a falta de um regime disciplinar, tornam o trabalho docente cada vez mais estressante.
            A criação de bônus para evitar as faltas dos docentes criou, no médio prazo, uma categoria com alto nível de estresse, bem como várias patologias oriundas das classes com grande número de alunos indisciplinados gerando licenças médicas e readaptações. As medidas impostas à categoria resultaram numa situação calamitosa. O governo sequer consegue professores substitutos para faltas dos docentes bem como afastou, parte da juventude dos cursos de futuros professores.
           O ano de 2013 foi muito difícil para nossa categoria. Iniciamos com uma greve, com ampla agenda de reivindicações, que trouxe resultados compatíveis com o movimento dos Professores.
            Até o momento a nossa principal reivindicação que é a Jornada do piso não foi atendida. O governo alega que a questão está na justiça e que cumprirá a jornada com base no parecer do Conselho Nacional de Educação que foi elaborado por nossa presidenta, além da revisão salarial que contemple todas as perdas.
            Fizemos dezenas de Assembleias e Atos Públicos, bem como participamos de Audiências com o Secretário da Educação, assim como a APEOESP participa da Comissão Paritária para melhorar o Plano da Carreira da nossa categoria. Existem avanços, mas o Secretário leva o processo com lentidão espantosa. Espera-se que no início do próximo ano surjam algumas novidades.
            Infelizmente, a categoria ainda não entendeu que precisamos ocupar o “Espaço Legislativo” com Deputados oriundos da categoria ou, ainda, provenientes de partidos que estão ao lado do Magistério. O PSDB está no governo desde o governo “Mário Covas” e foram responsáveis pelo arrocho salarial, bem como com a perseguição a muitos professores e professoras.
            Por outro lado, os que mais perderam foram os “Professores aposentados”, com a política de bônus e promoção por mérito para docentes. Rasgaram a “Constituição” ao contrariar a equiparação salarial entre ativos e aposentados. Agora, após muitas reuniões com as nossas reivindicações, o governo acena com um plano de carreira com base na LC 444/85 para resolver as distorções provenientes da Lei 836 que foi elaborada no governo  do PSDB.
            Outro problema que nos atinge é o contrato dos professores não efetivos (Categoria O) que é parecido com medidas escravistas e, totalmente, inaceitáveis. A solução é a elaboração de uma Lei com base na Lei 500/74 que proporcionava os mesmos direitos dos demais professores. Isto é possível com  a conquista de um governo progressista e democrático além de outra relação de forças na ALESP.
            A última medida tomada, sem consultar as entidades de classe, é a possibilidade de acumular com outra jornada de trabalho. Isto é escravismo! Obrigar, pela situação de arrocho salarial que docentes trabalhem 65 aulas semanais.
            No ano de 2014, a APEOESP – Subsede de Marília continuará perseguindo as reivindicações, na tentativa de minorar o sofrimento econômico dos professores ativos e aposentados.
            Desejamos a todos um “FELIZ NATAL”, um “PROSPERO 2014” e que nossos sonhos se tornem realidade.
            Professor (a) o seu apoio é muito importante para o sucesso das nossas lutas.
            Contamos com você.

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