Dia do Professor
Dia do Professor:
Conquistas, reivindicações e decepções.
Os
canais de Tv, Jornais, Revistas, Rádios AM e FM, a igreja, políticos, pais e
alunos proporcionam homenagens aos mestres no “Dia do Professor”
Infelizmente,
a homenagem que se deve ao professor é a valorização salarial, disciplina
dentro da sala de aula, condições para o trabalho pedagógico, respeito dos
alunos e respectivos pais.
O
que se vê é uma escola que funciona graças ao desempenho dos mestres que fazem
de tudo para exercer a docência. Muitas das vezes sem as mínimas condições para
o seu trabalho.
O
PSDB que governa o nosso estado há mais de vinte anos continua com a mesma
política: “arrochar salários, privatizar e avançar no processo de
municipalização”. Os cartolas do PSDB continuam com a mesma política, desde que
“fundaram” o Partido que nasceu contra o Funcionalismo, contra os Trabalhadores
e Contra o Brasil. Só não vê... Quem não quer! Pasmem amigos leitores, não
querem implantar a lei do “Piso Salarial” (33% de hora atividade). Até quando a
enganação vai continuar? (Essa questão está no STF)
Aproveitamos
a oportunidade para nos congratularmos com os nossos colegas lembrando que, ao
longo do tempo, a APEOESP conseguiu muitas vitórias para o Magistério e ainda,
há muito que conquistar, embora as vitórias sequer repoem todas as perdas
salariais, mas são vitórias pontuais que merecem consideração.
Citaremos
algumas das conquistas ao longo do tempo: a) Hora Atividade; b) HTPC; c)
Trabalho Pedagógico de 50(cinqüenta) minutos na implantação da Lei 836 (Emenda
da APEOESP); c) Implantação de Educação Física e Artística nas séries iniciais
do Ensino Fundamental; d) Implantação de Filosofia e Sociologia no Ensino
Médio; e) Manutenção da aposentadoria especial para professores; f) Conquistas
através de ações judiciais (GTE, GAM, Sexta Parte Integral, etc); g) Aquisição
de colônias de férias; h) Aquisição da Casa do Professor; i) Após um Ato
Público e Passeata, com 30.000 Professores conquistamos 15% de reajuste e mais
uma gratificação de 15% para os professores ativos (GAM); j) Retirada do PLC
que demitiria 120.000 Professores A.C.T.; k) Aprovação da Lei da Data Base (Que
não é cumprida); l) Com a greve de 2008, houve a incorporação do GTE e 5% de
reajuste salarial; m) Participamos das audiências do Tribunal Regional do
Trabalho para resolver os problemas gerados com a greve (2008) e 2015; n)
Fizemos o governo mudar várias vezes o projeto que criou o sistema
Previdenciário de São Paulo; o) Estabilidade para os professores da categoria
“F”; p) A redução do salário do professor é evidente, no ano de 2011 o piso
nacional recebeu 22% de reajuste, como São Paulo está acima do piso, o reajuste
foi de apenas 5%, ou seja: O Salário é reduzido, anualmente, para chegar-se ao
piso. Isto é uma barbaridade. Em 2012, houve nova redução em relação ao piso
nacional, assim como em 2013,14 e15; p) Parece que o PSDB quer que o
salário do professor paulista fique igual aos Estados do Nordeste, CO e RN,
onde antes do piso havia professores com salários abaixo do salário mínimo.
O governo do PSDB e
aliados adotam políticas contra a necessidade histórica do Povo Brasileiro.
Continuaremos na luta para obtenção
da pauta histórica de reivindicações dos professores, entre elas: a) Piso
salarial do DIEESE na jornada inicial de trabalho; b) Carreira aberta com dez
referencia na vertical e cinco na horizontal; d) Plano para a recomposição
histórica das perdas salariais desde 1979; e) Fim da política de bônus; f)
Adoção de Política de salários para ativos e aposentados; g) Fim da promoção
automática; h) Respeito ao trabalho docente; i) Retirada das faltas das greves
dos anos 2000, 2004 e 2011 e 2015; j) Retorno do abono de ponto para as
eleições da APEOESP; k) Derrubada do veto à lei que limita número máximo de alunos
por sala de aula; l) Valorização da Escola Pública; m) Fim da violência
escolar; m) Aplicação de 60% das verbas Constitucionais da Educação, 100% dos
Royalties e 75% do Fundo Social do Petróleo no salário do Professor; q)
Aplicação de 10% do PIB na Educação Pública além de 100% dos Royalties e 75% do
Fundo Social do Petróleo; n) Fiscalização dos Conselhos, Tribunais de Contas,
Assembléia Paulista, Polícia Federal, na prestação de contas dos Prefeitos e
dos Governadores no que tange a área da educação; o) adoção da Jornada de
Trabalho prevista na Lei do Piso; e p) Exigência da extensão dos direitos da
categoria “F” para a categoria “O”; etc.
Afirmamos, ainda, os professores mais prejudicados são os
aposentados. Isto é uma maldade!
Acreditamos que a escola
será mais competente quando os governos usarem as verbas da educação na própria
educação e, conseqüentemente acabarem com os desvios das verbas.
O professor não possui
nenhum motivo para comemor, exceto a sua própria garra de trabalho, Podemos
afirmar e provar, em 2015, era necessário um reajuste superior a 300% para obter-se
o mesmo salário de 1979. O governo através da política meritória dos últimos
tempos transforma os mestres em “verdadeiros escravos”.
Os intelectuais do governo
paulista mostr\m uma escola que não existe. Falam o tempo todo que a Escola
Pública Paulista está melhorando, com o passar dos anos, falam tanto que parece
verdade, inclusive colocam a nossa entidade na Berlinda. Nós só mostramos um
argumento: - Como pode uma instituição que persegue seus professores ano após
ano, fazendo um brutal achatamento salarial apresentar melhores índices? Isso tudo faz parte da política “engana que eu
gosto”.
Prof Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual
da APEOPESP.
Autor do livro: Genocídio Educacional no
Estado de São Paulo.
E-mail: juvenalpenteadon@gmail.com
Veja nosso Blog:
garraecoragem.blogspot.com
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