APEOESP: Greve a partir de 15 de Março
APEOESP: Greve a partir de 15 de Março.
Os Governos do PSDB irritam o
Magistério, bem como os funcionários das escolas, desde a época do “Mário
Covas”. A data base para revisão salarial aprovada em Lei Estadual é
estabelecida em 1º de março de cada ano.
Todos os governos para não reajustar os
salários conforme os índices inflacionários adotaram vários instrumentos, ou
seja: a) várias ações para desmoralizar os docentes; b) bônus para professores
mais presentes; c) política salarial meritória na base de provas; d) bônus com
base nas provas do SARESP; e) Dividiu a categoria em várias subcategorias; f)
faz de conta que negocia com as entidades; g) secretaria digital obrigatória
sem dar as condições para que o trabalho seja feito; h) prejudica todos nas vésperas
da aposentadoria (demora, às vezes, dois anos para que os colegas consigam a
publicação da aposentadoria); i) política meritória que prejudicam os
professores ativos e aposentados; etc.
As perdas salariais são enormes: Já
mostramos várias vezes, para obter o salário de 1978 o Professor precisa de um
reajuste salarial acima de 300%. A perda salarial dos últimos dois anos está
acima de 20%. Este é o 3º ano consecutivo sem reajuste. Ninguém aguenta mais.
Como ministrar uma boa aula por um professor que passa por muitos problemas
financeiros? Isso é impossível!
Foi estabelecido por Lei que a data base dos
professores paulista é sempre dia 01 de Março, mas infelizmente o governo não
cumpre a legislação. O piso salarial do professor paulista é menor do que o
piso nacional e, além disso, o PNE e o PEE estabelecem que o professor deve
receber pela média dos profissionais de nível superior, aqui em São Paulo, a
Meta 17 dos Planos forçaria um reajuste acima de 75%. A revolta dos professores
é enorme.
A consequência da desvalorização salaria é terrível,
cada ano que passa os alunos conseguem índices piores quando são realizados os
exames internacionais. Todo mundo sabe o
diagnóstico tanto quanto a solução, mas no ano seguinte o professor sempre tem
um salário menor. É assim nas últimas décadas. Nosso país conseguiu obter a
façanha “primeiro lugar do mundo em indisciplina” nas pesquisas do PISA. A Escola
Paulista é um das piores entre os estados brasileiros.
O quadro educacional paulista é estarrecedor! Tanto
que o Congresso Estadual da APEOESP realizado em 2016 deliberou “Greve para
2017”. Em decorrência do Congresso da CNTE estabeleceu-se o seguinte
calendário:
Preparação da Greve: 1 a 3 de Fevereiro: Reunião
extraordinária de representantes; 04/02 – Reunião de Representantes em São
Paulo (C.E.R.); 06/03 – Reunião de Representantes (RE/RA) com dispensa do
ponto; 08/03-Assembloeia Geral; 15/03 – Início da Greve.
O Magistério e os funcionários das
escolas não suportam as mentiras e as medidas autoritárias que são tomadas
continuamente, sem nenhum debate com as entidades. Tudo vem de cima para baixo.
A principal reivindicação é o salário
mínimo do DIEESE para jornada de vinte aulas e equiparação com os salários das
outras categorias de nível superior, além de medidas estruturais que possam
possibilitar melhoria na qualidade das aulas, tais como: a) controle da
indisciplina dos alunos; b) jornada do piso; c) apoio pedagógico aos docentes;
d) fim da promoção continuada com a devolução da competência de reprovar ao “Professor”.
As entidades exigem negociações
salariais, conforme determina a lei, além das reivindicações específicas.
A surdez do Alckmin e de sua “Comissão
Salarial” levará a uma só alternativa “GREVE NA REDE ESTADUAL DE ENSINO”.
Podem esperar nos próximos dias a S.E.
responderá este artigo afirmando que está melhorando a Escola Pública. Quem
quiser acreditar na enganação continue acreditando num governo que só destrói a
Educação Pública. Só não vê... Quem não quer! Acorda Povo Paulista!
OBS:
No dia 23/01/2017, houve um complemento salarial somente no salário base do
PEB-I de 10% e para o PEB-II de 5%, isto é para 18.000 professores. Pergunta-se como ficam os outros 340.000
professores ativos e aposentados? A enganação continua!
Prof Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da APEOESP.
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