Frustração com o Magistério e com o Funcionalismo!
Frustração com o Magistério e com o
Funcionalismo!
Estou na
luta por uma educação laica, democrática e competente há mais de quarenta anos,
onde a frustração é constante, tendo em vista que os governos passam como
rodo-compressor, esmagando todos na aplicação do “Consenso de Washington”. Tudo
que é público na ótica dos governantes precisa ser destruído. A política é
sempre a mesma: achatamento salarial e transferência das atividades públicas
para privadas. Defesa do Capital contra os trabalhadores. Benefícios para a
Burguesia (donos dos meios de produção) contra os direitos trabalhistas da
classe média, dos pequenos empresários, dos trabalhadores e dos funcionários
públicos.
Para mostrar
o brutal achatamento salarial vamos citar apenas o do magistério público do
Estado de São Paulo que para atingir o mesmo salário de 1978 precisa de um
reajuste acima de 300%, segundo o DIEESE.
A maldade é
tanta que o “Geraldo Alckmin” aproveitando o ambiente do golpe, está há quatro
anos sem cumprir a Constituição Federal que determina reajuste anual e, por incrível
que pareça, mandou para a ALESP o Projeto de Lei 920 que prevê, no mínimo mais
dois anos de congelamento salarial para o funcionalismo do nosso estado.
Quando houve
a Audiência Pública sobre o “PL da morte”, as entidades do Funcionalismo
estavam presentes, inclusive entidades federais. Todas se manifestaram contra o
Projeto. Os Deputados presentes condenaram a iniciativa do governador e exigiam
a retirada do projeto, bem como o reajuste para as diversas categorias do
serviço público.
No dia
seguinte fizemos um Ato Público, na Avenida Paulista onde as entidades do
funcionalismo, juntamente, com outras dos trabalhadores marcaram outro Ato
Público para o dia 10/11 na frente do Palácio dos Bandeirantes para exigir a
retirada do projeto e o reajuste devido com base na inflação dos últimos quatro
anos.
Para nossa
frustração, sob a liderança da APEOESP, nos dirigimos ao Palácio dos
Bandeirantes conforme fora combinado com o funcionalismo e outras entidades.
Para nossa surpresa havia pouco mais de cinco mil manifestantes. Da nossa
cidade, apenas representação da APEOESP e uma funcionária da AFUSE.
Nós temos
certeza que fizemos a lição de casa. As outras entidades do magistério, das
demais entidades do funcionalismo e dos trabalhadores continuam como se nada
estivesse acontecendo. Todos vão aceitar mais dois anos de congelamento
salarial, bem como a perda de vários direitos. Parece que todo mundo foi
anestesiado, tendo em vista que não há reação.
Confesso que
estou profundamente frustrado pela total alienação do funcionalismo e do povo
brasileiro. Para desabafar posso dizer: “Viva o povo venezuelano” que resiste
na luta contra o “Consenso de Washington” há mais de vinte anos. Entre nós,
deram o golpe na Dilma, no Lula e no PT. Agora o golpe é contra todos os
Brasileiros e não há nenhum tipo de reação.
Acorda! Povo
Brasileiro! O retrocesso será de, no mínimo cinquenta anos.
Professor Juvenal de Aguiar – Diretor
da APEOESP.
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