Professores se mobilizam para o Congresso da APEOESP
Professores
se mobilizam para o Congresso da APEOESP
Na sexta-feira, 20 de
setembro, realizaram-se os encontros regionais preparatórios para a VII
Conferência Estadual de Educação e XXVI Congresso Estadual da APEOESP, com a
participação de milhares de professores nas 94 subsedes do sindicato,
escolhidos nas escolas para eleger os delegados a ambos os eventos, que se
realizam de 27 a 29 de novembro em Serra Negra.
Além de eleger os delegados e
as delegadas, os encontros regionais debateram as dezoito teses inscritas ao
evento, definindo propostas indicativas para a atuação do sindicato, a serem
votadas no congresso.
O momento que estamos vivendo
requer muita unidade e espírito de luta por parte de todas as lideranças da
categoria nossa categoria e todos que defendem a educação pública. Nosso
objetivo é não apenas unificar professoras e professores, mas buscar também a
articulação com estudantes, pais, movimentos sociais e populares. Muitas
conquistas estão sendo retiradas e as reivindicações vem sendo negadas,
comprometendo a qualidade do ensino.
Fórum
pelo FUNDEB permanente será lançado dia 4/10
O próprio financiamento da
educação pública está em risco, pois o FUNDEB pode, em tese, ser extinto em
2020, quando vence sua vigência. Por isso, vamos lançar na Assembleia
Legislativa, no dia 4 de outubro, a partir das 10 horas, o Fórum pelo FUNDEB
permanente e vinculação de recursos para a educação, pois o Ministro Paulo
Guedes ameaça acabar com essa vinculação. Seria um profundo golpe contra a
educação pública no nosso país e no estado de São Paulo. Também participaremos
do movimento nacional de toda a educação, nos dias 2 e 3 de outubro.
Outro ponto fundamental é a
aplicação do Plano Estadual de Educação (P.E.E.). Ele aponta as soluções para
os problemas da educação pública. É uma política de Estado que prevê a constituição
do Sistema Estadual de Educação, articulando o Estado e os Municípios.
Entretanto, quase nada do P.E.E. posto em prática.
Abandono
e perseguição
As escolas públicas estaduais
estão abandonadas. Em muitas faltam os materiais básicos para processo ensino-aprendizagem
e até papel higiênico. Ao mesmo tempo, o governador Doria, seguindo o exemplo
do presidente Jair Bolsonaro, faz de professores e estudantes seus principais
inimigos e ambos desqualificam a educação pública e a educação de forma geral.
Isso sem falar na total desvalorização salarial e profissional dos professores
(até hoje Doria não pagou o reajuste de 10,15% que conquistamos na justiça).
Doria e Bolsonaro agem na
mesma direção, atacando uma inexistente “ideologia de gênero” nas escolas. Doria
foi derrotado na justiça e obrigado a devolver aos estudantes do oitavo ano do
ensino fundamental cartilhas de ciências que abordavam a diferença entre sexo
biológico, orientação sexual e identidade sexual. Ele age com obscurantismo,
como se a sua proibição fizesse desaparecer da sociedade toda a diversidade.
Isso deseduca nossas crianças e jovens.
Os encontros
também discutiram a situação política e os ataques contra os direitos da classe
trabalhadora. A luta contra a reforma da previdência continua sendo central e
exige a unidade de todas as centrais sindicais e movimentos. Bolsonaro também ameaça uma nova reforma
trabalhista, o que poderia eliminar de vez todos os direitos e garantias
trabalhistas. Por isso, a perspectiva é um processo, até o congresso, da
construção de um plano de lutas que seja elaborado e assumido por todas as
correntes políticas do sindicato, ou sua ampla maioria, para enfrentarmos todos
os desafios colocados.
Contra o jogo bruto dos
governos federal e estadual, trabalhamos por uma greve geral da educação
paulista, básica e superior, rumo à greve geral de toda a classe trabalhadora.
Parabéns às delegadas e às
delegados eleitos. Mais uma vez, a APEOESP vai deliberar os melhores caminhos
para a valorização do magistério e a defesa da escola pública.
Professora
Bebel
Presidenta da APEOESP
Deputada Estadual
Presidenta da APEOESP
Deputada Estadual
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