Ruptura Democrática
Desde o golpe de 2016, estamos vivendo uma ruptura
democrática, intensificada a partir de Julho de 2020.
No Dia 16 de agosto de 2020, o Partido dos Trabalhadores
escreveu uma Nota de Repúdio ao ataque criminoso por hackers sofrido pelo
jornal online – Dário da Causa Operária – do Partido Causa Operária (PCO) que
aconteceu no dia 18 de julho de 2020.
Na ocasião reproduzimos na Nota um trecho do DCO “Esse ataque
merece a máxima atenção de toda a esquerda, pois de forma nenhuma se trata de
uma ocorrência isolada, mas é a expressão da intensa luta que se trava em nosso
país”. E acrescentamos “A extrema direita fascista, capitaneada por Bolsonaro e
seus seguidores, não admite a existência do outro, do contraditório, do
diferente e parte para o ataque frontal e destruidor de todos que se contrapõem
às suas ideias, com o intuito de aniquilar reputações, inibir opiniões
divergentes, destruir a diversidade e sufocar a democracia operária”
Os fatos que se sucederam confirmaram as afirmações da Nota
de Repúdio.
No dia 20 de agosto, um grupo de 115 participantes estava em
uma reunião virtual para falar sobre o mercado de Tecnologia para Mulheres,
quando a gerente de comunicação da Intel, empresa do ramo, Carolina Gutierrez,
levou um susto: em vez do slide que ela compartilhava em apoio à palestra, viu
um órgão genital masculino ser desenhado na tela. Foi o primeiro indício de
invasão de hackers.
Em dez minutos de tumulto, três pessoas infiltradas
destilaram ódio às mulheres e tentaram acabar com o evento. Isso tem
acontecido, também, nas plenárias de pré-candidatas (mulheres e gays) das
próximas eleições municipais, inclusive com manifestações racistas também. É um
ataque misógino, homofóbico, racista, invasivo, violento.
Outro fato aterrorizante aconteceu em Caldas Novas (Goiás),
no dia 28 de agosto, sexta-feira. A polícia Militar de Goiás intimou duas
pessoas envolvidas em um protesto contra Jair Bolsonaro que questionava por que
Fabrício Queiroz e a mulher dele depositaram R$ 89 mil na conta de Michelle
Bolsonaro. Os militares fizeram a abordagem em uma oficina onde estavam sendo
confeccionadas faixas que, no sábado, seriam estendidas na cidade, quando
Bolsonaro visitaria o município para a inauguração de uma usina fotovoltaica. Os
policiais obrigaram o proprietário do estabelecimento a entrar na viatura e ir
até a casa do pintor. Queriam saber quem era o organizador do protesto. Depois
que souberam, foram embora. Que absurdo! Isto é intimidação, cerceamento! Muitas
cidades de vários estados estão infestadas de outdoors pró-Bolsonaro e ninguém
é admoestado por isso. Agora, fazer faixas de protesto a este governo antidireitos,
antipovo, com muitos fatos escandalosos a serem esclarecidos, não pode?
Também no mês de agosto a Justiça do Rio censurou matérias do
Jornal GGN de Luís Nassif sobre esquema do banco BTG Pactual. Este banco,
fundado por Paulo Guedes, comprou carteira de crédito do Banco do Brasil de R$ 2,9
bilhões por R$ 300 milhões. É uma investigação que precisa ser feita, pois se
trata de um banco público. Nassif foi censurado e mais uma vez fica demonstrado
que estamos vivendo em um estado autoritário e policial.
Há também impeachments ou afastamentos de governadores
repletos de irregularidades.
Precisamos ficar “atentos e fortes”, pois, como diz o poeta,
se não reagirmos com veemência, demonstraremos medo e, neste momento, percebendo
nossa fragilidade, arrancarão nossa voz e não nos deixarão dizer mais nada.
Assim a cada ato autoritário precisamos gritar nossa insatisfação: DITADURA
NUNCA MAIS!
Professor Juvenal – Diretor Estadual da APEOESP afastado,
porque é Pré-Candidato a Prefeito de Marília e Professora Maria Elvira Nóbrega
Zelante, ambos da Executiva do Partido dos Trabalhadores.
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