GENOCÍDIO EDUCACIONAL NO ESTADO DE SÃO PAULO

GENOCÍDIO EDUCACIONAL NO ESTADO DE SÃO PAULO Quando tivemos a honra de escrever o livro acima, após longa pesquisa para saber por que a Escola do Ensino Básico do Estado de São Paulo apresenta um dos piores resultados do mundo quando comparada com as escolas de outros países. Logo de início, ao pesquisar o achatamento salarial da escola pública, ficou claro que o fraco desempenho das nossas redes estaduais e municipais é reflexo dos baixos investimentos na educação. Historicamente, no início da década de 60 do século passado, o salário do Professor Secundário era igual ao do Promotor Público e do Capitão da Antiga Força Pública do nosso estado. A decadência foi tanta que, atualmente, o salário, com todo respeito, é inferior ao do Soldado da Polícia Militar. A decadência foi paulatina, pois desde 1961, anualmente, os salários dos mestres são diminuídos. São planos sucessivos para redução do salário do Professor mais antigo, com enganação dos mais jovens. Hoje, para recuperar o salário de 1960, é necessário um reajuste próximo de 300%. É recorrente o descaso dos governadores de nosso estado, todos oriundos da direita e extrema direita, mas nenhum foi tão perverso como o João Dória, e o atual Tarcísio segue pelo mesmo caminho. Quando a mídia hegemônica neoliberal culpa os professores pelos resultados na avaliação do ensino público, a matéria é sempre parcial. Por que não se mostra o brutal achatamento salarial dos últimos 60 anos? O único presidente do país que se preocupou com o salário do Professor foi o Lula, quando o Ministro da Educação, o Professor Fernando Haddad, constitucionalmente, instituiu o Piso Nacional do Professor que exige reajustes anuais maiores que a inflação. O piso passou a ser respeitado pela maioria dos governadores e prefeitos do nosso país, menos por nosso estado, que não paga o piso no piso, com reflexos na carreira do Professor. Desde a criação do piso há uma verdadeira saga da Apeoesp, através da Justiça, para recuperar parte do achatamento salarial. Infelizmente, o Governo Tarcísio paga o piso, através de diferença salarial. Não paga as ações que já ganhamos. Agora, a pérola: diz que sobra dinheiro na educação e quer reduzir as nossas verbas, em aproximadamente, 10 Bilhões de Reais. Somos obrigados a constatar que é mais um governante oriundo da extrema direita para continuar reduzindo os parcos salários de nosso sofrido Magistério. O trabalhador do Magistério precisa se politizar para ajudar na eleição de um Governador e de Prefeitos que, de fato, valorizem da Escola Pública. Recentemente, um líder da extrema-direita disse que “Professores são piores que traficantes”, em grave desrespeito ao profissional da educação. Reafirmamos que, sem a valorização do professor e a recuperação da maior parte do achatamento salarial, a nossa escola continuará com avaliações cada vez piores. O problema só será resolvido com valorização e dinheiro no bolso do professor. Qualquer outra política salarial será mais uma demagogia de empresários e intelectuais que defendem a política dos governadores oriundos da extrema-direita. Por que o Tarcísio não cumpre o piso no piso e não paga as ações que já ganhamos no STF? Ele próprio afirma que está sobrando dinheiro na Educação! Professor Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da APEOESP, Historiador e Escritor. Veja nosso blog: garraecoragem.blogspot.com

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