Hipocrisia da Elite Brasileira

         A elite brasileira disseminou ao longo do tempo muitos preconceitos, tendo em vista que a classe média “capenga” pensa como burguesia e vive como proletariado. Só não vê, quem não quer...
         Citaremos dois exemplos para esclarecer o tema:
         Em primeiro lugar a Educação Pública: A elite faz um discurso de prioridades e na práxis deixa nosso sistema educacional como um dos piores do mundo. A sociedade se torna cada vez mais violenta. A elite se protege com exércitos de segurança privada, quando deveria investir na educação pública para construção de uma sociedade justa e fraterna.
Já escrevemos sobre este tema dezenas de vezes. A elite não vê a realidade para pagar dívidas interna e externa (juros e mais juros), bem como para administrar atos de corrupção, nos vários níveis da estrutura do poder político e econômico.
         Em segundo lugar o sistema fundiário brasileiro: Desde o início da nossa História, bem como no presente, o processo é o mesmo. O latifundiário é grileiro, às vezes compra uma quantia de terras e manda tomar posse de área maior. Há exemplos de área de mil equitares ser tornar vinte mil.
         O saudoso Brizola dizia: “O problema está na origem. Vejam as escrituras. Toda terra sem título é terra grilada. É devoluta. Pertence ao INCRA”.
         Metade das terras brasileiras está nessa situação. Falta o que? Coragem dos governos ou será conivência com os poderosos.
         Enquanto o latifundiário toma posse de milhares de equitares, o militante do movimento sem terra reivindica uma pequena área para sobrevivência. Quem é ladrão? O latifundiário grileiro ou o movimento sem terra que invade terras que foram griladas?
         A comunicação de massa está comprometida com os grileiros e faz a cabeça da classe média e dos mais humildes.
         É comum encontrarmos cidadãos, com aparente nível cultural, contra o movimento sem terra. Quanta ignorância! É claro, todo movimento tem as suas contradições, mas jamais pode ser condenado por suas distorções.
         O militante do movimento sem terra na cidade, será mais um desempregado para aumentar os problemas urbanos. O movimento merece apoio incondicional dos mais esclarecidos.
         A classe média precisa compreender os problemas, para derrotar a hipocrisia da elite brasileira, que está a serviço dos poderosos e das forças internacionais. A elite continua vendendo o sangue e o suor dos brasileiros. Só não vê...Quem não quer...
         Professor Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da APEOESP

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