Magistério: Como será o ano de 2016?

Magistério: Como será o ano de 2016?
No início de 2016, eu pergunto com a minha experiência de vida (68 anos), como avançaremos na luta do magistério no ano que se inicia? Quais serão as maldades que o neoliberalismo formulou para executar contra nós neste ano? Todos sabem que no nosso país a mão que nos sufoca é comandada pelo PSDB e respectivos aliados. Para eles é imperativo que sejam sufocados o movimento social e os sindicatos. Sabem que a nossa resistência é a força que não permitem o avanço da privatização sobre as instituições públicas. Do nosso lado sabemos que não poderemos recuar. Nossa sobrevivência profissional estará sempre em perigo nas ações que paulatinamente, terceirizam e privatizam muitos setores que estavam nas mãos do estado.
O discurso sobre a “redução do estado” é uma falácia que dá uma vacina na “classe média” que ao diminuir o “estado” transfere a economia para à iniciativa privada que ao mesmo tempo prejudica a sociedade brasileira.
A corrupção inerente à iniciativa privada que através das propinas elevam os preços das obras, produtos e serviços na obtenção dos contratos com o setor público não será extinta, nem mesmo reduzida, tendo em vista que o financiamento público das campanhas eleitorais não foi aprovado, pelo contrário são permitidas as doações para candidatos através de pessoas físicas. Alguém acredita que as doações serão formuladas por opção ideológica? Continuará, com certeza, como fonte de corrupção.
A violência contra professores, pais, alunos e funcionários das escolas públicas no estado de São Paulo será aprofundada com reação é claro da comunidade escolar. O plano de redução da rede estadual que há muito está em curso será um dos itens da maldade. Fechar escolas e reorganizar a rede possui algumas vertentes, ou seja: reduzir despesas, municipalização e ampliação da privatização do sistema.
Outra violência será a aprovação do Plano Estadual de Educação que contraria o Plano Nacional de Educação, principalmente, com a criação de mais três metas para mandar para o espaço a Meta 17 do PNE que estabelece que o salário do professor será a média do salário dos profissionais de nível superior no respectivo estado.
Mais uma violência será pautar o salário do mestre dentro da Lei de Responsabilidade Social para desviar os recursos do Pré sal e Fundo Social do Petróleo para o SPPREV.
Com certeza, o governo estabelecerá mais um confronto com o Magistério ao não cumprir, novamente, a Lei da nossa data base (1º de Março). Só em 2015 a nossa perda salarial está acima de 11%, além da perda salarial de 300% a partir de 1978, conforme estudos do DIEESE.
Desde o governo Mário Covas, o PSDB e aliados violentam e sucateiam a nossa querida Escola Pública. Até quando teremos que suportar tamanhas maldades. O profissional que mais sofre dentro do Magistério é o Professor Aposentado.

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