A luta dos Professores no Estado de São Paulo.

A luta dos Professores no Estado de São Paulo.
                No dia 08/03/2016, nas 84 Subsedes da APEOESP aconteceu a 1ª Reunião de Representantes (Diretores, Conselheiros, Representantes de Escola e de Aposentados) do ano. Infelizmente foi um exercício de descontentamento.
                Por que o governo do Estado de São Paulo ataca, continuamente, os direitos dos Professores e dos funcionários?  Ano após ano, o ataque é contra os salários, contra as condições de trabalho e até contra os direitos da profissão.
                É preciso conhecer a realidade da profissão docente para criticar ou ajudar na procura de soluções para os problemas existentes, ou seja: Este início de ano foi uma sucessão de ataques que deixou o magistério mais revoltado:  a) A Secretaria da Educação fechou mais de 1.500  classes; b) Reduziu o material básico das escolas; c) A merenda escolar virou bolachas com suco; d) O primeiro pagamento dos professores veio sem as aulas em substituição; e) Equipamentos foram recolhidos; e) Não foi pago l/3 de férias para professores das Escolas que foram ocupadas, mesmo após a reposição das aulas; f) Categoria “O” continua trabalhando sob regras escravistas; g)Professores que ficaram sem aulas em 2015 não podem assumir aulas, tendo em vista um decreto do governador; h) Os velhos mimeógrafos estão em atividades; i)O Escândalo da Merenda atingiu muitas escolas.
                Além disso, os ataques continuam contra os professores, ou seja: a) O DIEESE já mostrou que para obter o mesmo salário que o professor recebia em 1978 é necessário um reajuste acima de 300%; b) Para que o governo do Estado de São Paulo possa cumprir a Meta 17 do Plano Nacional de Educação é necessário reajustes acima de 85%; c) As perdas salariais dos últimos dois anos estão acima de 15%.
                As maldades continuam: a) O projeto de PEE encaminhado pelo governo estadual, sem nenhum debate com a sociedade, possui três metas que prejudicam os professores; b) As verbas provenientes do Petróleo para melhorar o salário dos professores, com base em Lei Federal, no Estado de São Paulo foram desviadas para o SPPREV; c) O sistema de atendimento à saúde dos professores foi fragilizado (um simples exame de sangue demora até quatro meses para ser realizado); d) A data base para reajuste salarial é 1º de março e não foi respeitada, novamente.
                É previsível, após tanta maldade!  A Assembleia Geral dos Professores marcada para 08/04 vai deliberar mais uma Greve. Esperamos que haja entrosamento e unidade entre as entidades do Magistério e de todas as forças políticas da categoria, bem como apoio de pais e alunos. Quem viver! Verá!
                O governo estadual pode evitar outro confronto é só fazer uma negociação séria com a APEOESP antes da Assembleia do dia 08/04. Os professores são revoltados porque foram os profissionais que mais perderam nos últimos quarenta anos.
                Infelizmente, a Secretaria da Educação, mais uma vez tentará enganar a população, dizendo que está investindo no sistema educacional paulista, como fez nos últimos quarenta anos. Só não vê... Quem não quer!  A Escola pede socorro!

Professor Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da APEOESP.

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