Analfabetismo político, miopia ou burrice?

Analfabetismo político, miopia ou burrice?
Há um segmento social no Brasil e no Mundo chamado de “Lumpemproletariado”, termo que designa a população situada socialmente abaixo do proletariado, do ponto de vista das condições de vida e de trabalho, formada por frações miseráveis, não organizadas do proletariado, não apenas destituídas de recursos econômicos, mas também desprovidas de consciência política e de classe, sendo, portanto, suscetíveis a servir aos interesses da burguesia. Nas eleições, essa massa de indivíduos se aproxima das campanhas da extrema direita ou da direita para ganhar alguns trocados ou promessas de empregos no futuro. Apenas promessas porque, na realidade, quando os políticos do CAPITAL pagam pelo trabalho de campanha não há mais nenhum compromisso. Assim, a compra de voto se estabelece por baixo preço, entrega de cestas básicas na época das eleições, camisetas, bonés e até de material proibido pela justiça eleitoral. Assim, o infeliz troca alguns pequenos benefícios por mais quatro anos de sofrimento. Neste cenário, surgem a prostituição, a criminalidade, a fome, o desemprego, o tráfico de drogas e a destruição do núcleo familiar. Trata-se de um segmento facilmente corrompido pelas fake News porque não consegue identificar o falso do verdadeiro nas notícias recebidas pelas redes sociais. Lá na Antiga Grécia, que foi o laboratório, praticamente, de todos os regimes políticos que existem no presente, a Aristocracia, a República e a Democracia definiam o povo em dois grupos: o Cidadão e o Idiota. O cidadão era aquele que participava das decisões políticas de suas cidades, e os idiotas eram aqueles que ficavam à margem dos debates e das decisões das instituições sociais, políticas, militares e econômicas. Já se passaram mais de 3.000 anos e a classificação continua a mesma. É claro, agora, chamam o idiota de “lumpemproletariado”. Tudo porque a elite do Brasil e do Mundo não permite que a “educação política” seja dada na Escola, para continuar dominando e enganando os mais humildes. A nossa elite, chamada de burguesia, é formada por apenas 1% da sociedade, mas fica com 70% de tudo que é produzido. O restante, 99% do nosso povo, fica com apenas 30%. É uma das maiores concentrações de renda do mundo. E claro, a extrema-direita é formada por uma grande parte dessa diminuta classe social, mas que mantém o poder político e econômico da sociedade, combatendo qualquer governo que deseja melhorar a vida do povo, inclusive, chamando de “Comunistas” todos os que não concordam com a brutal exploração, inclusive muitos que pertencem à própria elite, mas são considerados progressistas. Até simples professores são chamados de “comunistas” quando ministram aulas sobre as classes sociais e regimes políticos. Já foram, inclusive, classificados como profissionais que são piores que os traficantes de drogas pelo “crime” de mostrar, minimamente, alguns problemas sociais existentes no Brasil e no Mundo. É por isso que insistimos: Cidadão, procure obter uma formação política para não ser mais um “lumpemproletariado” a serviço da elite escravocrata do nosso país. Por favor, o texto acima não é para ofender ninguém; é simplesmente uma tentativa de conscientização. O Presidente Lula, paulatinamente, está melhorando a situação do nosso povo trabalhador, mas infelizmente, o “lumpemproletariado” ajudou a eleger um Congresso que dificulta a governança do país. Professor Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da APEOESP, Historiador e Escritor.

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