Resumo de perguntas para entrevistas sobre o Livro: Genocídio Educacional no Estado de São Paulo.
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Resumo de perguntas para entrevistas
sobre o
Livro: Genocídio Educacional no
Estado de São Paulo.
Resumo
biográfico do autor
Juvenal
de Aguiar Penteado Neto, natural de Catanduva, São Paulo, é professor com
graduação na área de Educação em Pedagogia, Estudos Sociais e História. É
pós-graduado (Mestrado) em História pela PUC – SP, e possui considerável
experiência política adquirida na luta pela educação pública. Residiu na
capital de São Paulo por mais de vinte anos, foi professor e diretor da Rede
Pública de Ensino, bem como de escolas particulares. Reside em Marília desde
1991. Escreveu centenas de artigos para jornais e revistas do Estado de São
Paulo. Participa do movimento da Educação desde 1966. É um revolucionário que
luta por dias melhores. É autor de histórias infantis, romances e de vários
opúsculos sobre política e sindicalismo. Recebeu nove vezes o prêmio “Troféu
Regional de Marília”, foi laureado com o troféu “Prêmio Tradição Regional de
Garça” e com o “Prêmio Cidade de Tupã”. Foi membro do Conselho Municipal de
Educação de Marília. É Conselheiro Estadual desde 1984 e Diretor Estadual da
APEOESP – Sindicato Estadual dos Professores por cinco mandatos sucessivos.
1)
Por
que o professor do Estado de São Paulo é um profissional revoltado?
Resposta: Nenhum profissional do país
foi mais prejudicado do que o Professor do Estado de São Paulo. Vamos citar
alguns motivos para ilustrar nosso debate:
a)
Econômicos:
Para obter o poder de compra de 1978, o Professor precisa reajuste de 300%. A
perda salarial do período Mário Covas ao presente está acima de 30%. A solução,
temporária, para resolver o problema é o governo cumprir a Meta 17 do Plano
Nacional de Educação que prevê um reajuste de 75,33% nos próximos 6 anos;
b)
Pedagógico:
A implantação do projeto pedagógico gestado no governo Covas que é o mesmo do
pr4esente, que estabeleceu a Promoção continuada que se tornou- automática. Acabando
com a responsabilidade de pais e alunos;
c)
Desvalorização
do Professor: Além da perda salarial, acabaram com a competência do Professor
de aprovar e reprovar.
d)
Falta
de regime disciplinar: O aluno tornou-se cada vez mais indisciplinado,
provocando atos de violência contra Professores, Funcionários e Contra a Equipe
Gestora (A impunidade gera problemas de forma geométrica).
2)
Como
se deu a perda salarial?
A perda salarial dos professores foi
a consequência da política de compensação social. Todas as medidas
governamentais, na área da educação saíram do bolso do professor. Isto nos
últimos cinquenta anos, ou seja: a) A primeira redução salarial foi
consequência fim da “Sopa Escolar”; A segunda foi o fim da taxa da APM; a 3ª
foi o aumento do número de escolas, tendo em vista o êxodo rural; a 4ª redução
foi com a doação de 2 livros para os alunos. A 5ª redução foi com a entrega de
todos os livros; A 6ª redução foi com a doação de todo o material que o aluno
precisa, inclusive de uniforme escolar; a 7ª redução foi com a inclusão digital
de alunos com a informatização das escolas. Podemos afirmar com certeza, a
política neoliberal que foi adotada por todos os governos do nosso estado, principalmente
pelos Tucanos, reduziram o salário do professor para beneficiar a iniciativa
privada. Ao reduzir o salário do mestre, o maior prejudicado foi o aluno, a
respectiva família e a sociedade.
3)
Por
que existe trabalho escravo na rede estadual do Estado de São Paulo?
Resposta: O achatamento salarial
provocou a falta de professores. O governo do Estado de São Paulo para mascarar
o problema permitiu que os professores trabalhem até 65 horas semanais. Isso é
trabalho escravo. Qual será a qualidade das aulas de um professor que trabalha
65 horas semanais? Isto é um absurdo! Muitos companheiros assumem a jornada
máxima, tendo em vista a realidade econômica. Quando os filhos estão na idade
universitária. É impossível sobreviver com 40 horas semanais. Pior, ainda,
muitos professores assumem 65 aulas para se ausentarem do trabalho através de
licenças médicas. O tiro sai pela culatra.
4)
Como
é a tragédia do Professor aposentado?
Resposta: Além dos prejuízos com as
perdas salariais do pessoal da ativa, foram incluídos no início da carreira.
Perderam com a política meritória de salário e também perderam com a política de
bônus. São os mais prejudicados.
5)
Por
que você escreveu o livro “Genocídio Educacional no Estado de São Paulo?
Resposta: O livro é para mostrar,
claramente, como os governos de plantão do Estado de São Paulo prejudicaram a
Escola Pública Paulista. É um livro para
professores, pais e alunos conhecerem a realidade da Escola. Serve de advertência ao governo e à sociedade
Paulista, ou seja: Destruir a Escola é o mesmo que destruir a sociedade.
6)
Qual
é a mensagem principal do livro?
Resposta: É mostrar para o Brasil,
como os governos paulistas destruíram o sistema educacional do nosso estado.
7)
Como
você mostra essa destruição?
Resposta: É através de gráficos
elaborados pelo DIEESE, onde consta, claramente, a perda salarial desde 1978.
8)
Qual
foi o período do maior sucateamento do Ensino Público?
Resposta: A partir do governo Mário
Covas além da continuidade do achatamento salarial, elaboraram um projeto
educacional que é um desastre. Hoje quase 100% das crianças e adolescentes estão
na escola. Isso é bom. Infelizmente, retiraram da escola os valores éticos,
estéticos, morais, responsabilidade e respeito ao próximo.
9. Qual é o
resultado da educação pública paulista?
Resposta: No passado, o professor era a
imagem que o aluno perseguia. Atualmente, a imagem que o aluno persegue, com
raríssimas exceções é o crime organizado.
10. Como resolver os problemas da escola?
Resposta: O primeiro passo é recuperar o salário dos
professores. O segundo é um projeto educacional que possa recuperar os bons
valores da sociedade. Podemos afirmar, ao contrário de muitos intelectuais dos
governos tucanos: - A Escola não é o
reflexo da sociedade, como pregam os maldosos que destruíram nosso sistema
escolar. A Sociedade pode ser o reflexo da Escola, tudo depende do projeto
educacional e da valorização do professor.
11. Como a família pode ajudar na reconstrução da escola?
Resposta: A família deve se responsabilizar pela educação da
sua prole. Deixando apenas o ensino para o sistema escolar. O professor deve
ministrar suas aulas com respeito e autoridade.
12. Como deve ser combatida a indisciplina e a violência
escolar?
Resposta: Através da aplicação do Regimento Disciplinar dos
alunos, inclusive os pais devem colaborar com a educação escolar dos educandos.
13. Qual é a atitude dos país no presente com a indisciplina
dos alunos?
Resposta: Os pais do presente, são oriundos da educação da
promoção continuada que se tornou automática, por isso perderam a noção da
responsabilidade para com a educação dos filhos. Hoje a maioria dos pais não
ajudam na recuperação dos filhos com desvios comportamentais.
14. Qual será o futuro dos alunos com desvios comportamentais
que não tiverem acompanhamento da família e das autoridades constituídas?
Resposta: Dentro da
escola, pela impunidade da indisciplina, pela ausência dos pais, pela falta de
um regimento disciplinar, os alunos se tornam verdadeiros monstrinhos e muitos
serão presa fácil do crime organizado e, no futuro, estarão nas cadeias ou no
sistema prisional.
15. Qual é a importância da Escola Básica?
Resposta: A Escola pode determinar tudo. Sem dúvidas, uma boa
escola resultará numa boa sociedade. Por outro lado, abandonando-se a escola,
como fizeram nos últimos quarenta anos, o resultado será uma sociedade cada vez
pior. Só não vê. Quem não quer! ‘
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