A História do Brasil se repete sempre como tragédia.


A História do Brasil se repete sempre como tragédia.
            Está provado que Marx tinha razão. O Fato Histórico acontece à primeira vez como originalidade, a segunda vez como imitação e a terceira vez como tragédia.
            Infelizmente, os fatos na História do Brasil, acontecem como tragédias. Não existe nada de originalidade. Vejamos:
            A colonização do Brasil foi, inicialmente, formada por uma quantidade significativa de “degredados”, ou seja: Condenados e indesejáveis em Portugal eram deportados para a Colônia. Tanto os degredados como os membros da nobreza de Portugal chegavam para saquear as riquezas que, porventura encontrassem. Na verdade eram “bandidos que só tinham um objetivo fazer fortunas” nas custas dos indígenas e dos escravos, na nova terra com monopólio português.
            A originalidade era a estrutura portuguesa montada para saquear a nossa terra. Infelizmente, a classe dominante daquela estrutura autoritária e perversa passou, silenciosamente, para nossa elite que formada por ideais burgueses continuou com a mesma atuação política: “continuar saqueando a nossa população, bem como nossos recursos naturais” com requintes escravocratas.
            Na república velha, os saqueadores eram os “coronéis” da guarda nacional, integrados na política “Café com leite”.
            Na ditadura Vargas, os saqueadores eram os “interventores” e a Burguesia Paulista com a política “tudo para os amigos e para os adversários a Lei”.
            Na nova república, a corrupção estava escancarada, desde a “Queima do Café” até a “Construção de Brasília”.
            No golpe militar de 1964, iniciou um período de prosperidade industrial e de infraestrutura, mas a corrupção aumentou de tal forma que perdemos o apoio internacional para nossa economia. Nosso país foi controlado pelo FMI com déficits contínuos, além de inflação incontrolada.
            Com o fim da Ditadura Militar, a corrupção começou a ser divulgada.  No período FHC a “compra de votos para a reeleição” além de inúmeros escândalos na corrupção econômica, está tudo no livro “Privataria Tucana” antes mesmo, na época do Sarney, no livro “Honoráveis Bandidos”. Escândalos no governo de Minas, propino duto em São Paulo, Saques na Previdência Social, na Saúde, na Educação, no Metro e no Rodo Anel, etc. A corrupção é tamanha que até a “merenda escolar” e as “verbas do FUNDEB” são alvos de Prefeitos e Governadores.
            Nós perguntamos onde está à diferença entre os corruptos e saqueadores da época colonial e a ação da maioria dos políticos brasileiros?
            Em São Paulo e nos vários estados membros da União Federativa do Brasil, a maioria dos funcionários públicos e trabalhadores são explorados “como escravos” por uma elite dominante que “só aprendeu a roubar a riqueza pública”, ou seja: “Tudo é alvo de Privatização ou de corrupção”.
            Ainda acredito que o único fato original da nossa História no pós-colonização foi à eleição de um metalúrgico para presidência da república que criou as condições para combater a corrupção através da Polícia Federal, além de estabelecer o “maior plano social do mundo” além de saudável política econômica que foi deturpada por procuradores e juízes federais que estão a serviço das forças exógenas, dos rentistas e dos escravocratas brasileiros.
            Professor Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da APEOESP.
           



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