Indústria das multas e dos pedágios em São Paulo


Indústria das multas e dos pedágios em São Paulo
         Foi montada uma grande e impiedosa indústria de multas, tanto nas rodovias quanto nas principais cidades do Estado de São Paulo.
         Nas rodovias, o cidadão precisa pedir ajuda aos acompanhantes para que seja alertado das placas de velocidade mínima. São tantas que confundem a decisão do motorista, ou seja: quando na rodovia a velocidade permitida é 110 km/hora, sem nenhum motivo, apenas para multar, a velocidade é reduzida para 90 ou até para 30 km/hora.
            Sou um motorista amador. Às vezes viajo por necessidade, quase sempre recebo uma multa, via correio, para alegrar meu humor. Minha velocidade normal é abaixo da maioria. Como posso ser multado? Quando sou multado, acredito que todos que passaram pelo mesmo radar tenham a mesma multa! Isto é justo?
         Por que o cidadão não reage? Já fui multado perto de Dracena, de Marília e de Americana. A multa que considero mais absurda e sem sentido é quando o motorista se esquece de ligar os faróis durante o dia. Ora, durante o dia, o motorista que não vê o carro em sentido contrário, não poderia passar no exame oftalmológico para obter a habilitação. É mais uma prova de que a indústria da multa é evidente. Só não vê... Quem não quer! O absurdo: Faróis ligados, durante o dia. Nada pode justificar tamanha insanidade. Já fui multado duas vezes por esse motivo.
         Nosso direito constitucional de ir e vir foi limitado, no estado de São Paulo por Covas, Serra, Alckmin e agora por Dória que amplia os pedágios, como se fossem pragas comendo o dinheiro dos paulistas.
         Por outro lado, muitos Prefeitos fizeram o mesmo. Bauru é uma verdadeira loucura. A velocidade é reduzida de 50 para 20 km, num espaço de 100 metros, dezenas de vezes. O motorista em Bauru fica na velocidade de preguiça. Tenho até medo de entrar naquela cidade. Vi alguns adesivos: Visite Bauru ganhe uma multa. Em Marília, já iniciou a mesma indústria de multas e já apareceu adesivo semelhante.
         Prefeitos e Governadores querem engordar seus orçamentos, para tanto usam as multas para seus objetivos. Parece que é regra: Carros de outras cidades são penalizados sem critério. No mínimo uma multa quando regressar para sua origem.
         Será que devemos apelar para o ministério público? Parece que não adianta, já houve várias liminares contra os radares. Tudo continua como antes. A ganância da industria das multas, cada vez é maior. Reclamar com quem?
         Recorrer da infração ou da multa é direito relativo. A decisão é sempre: Indeferido!
         Como revolta precisamos alertar: Ninguém pode esquecer, na hora de votar, quem instituiu a indústria das multas foram “Covas, Serra, Alckmin e agora João Dória virou João Pedágio, além de centenas de prefeitos”.
         O homem público deve estar a serviço da sociedade e não de amigos, de concessionários ou da indústria de radares. Isto é inaceitável.
         Este artigo é a demonstração de revolta de um cidadão que é inconformado com a indústria das multas e dos pedágios.
         Prof Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da APEOESP e Vice-Presidente do PT de Marília.

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