ROUBAR OS DIREITOS E SALÁRIOS D0S TRABALHADORES E DO FUNCIONALISMO...
ROUBAR
OS DIREITOS E SALÁRIOS D0S TRABALHADORES E DO FUNCIONALISMO É POLÍTICA DOS
GOVERNADORES, DE PREFEITOS E DE PRESIDENTES DA REPÚBLICA.
Como historiador e como homem público, fico estarrecido com as ações das
autoridades políticas do neoliberalismo financeiro ao
longo da nossa história. O roubo dos direitos e salários do funcionalismo é
enorme e histórico, mas nunca, ninguém fez um confisco salarial do tamanho do
confisco realizado pelo “governo do João Dória” com o aval da sua base aliada
(PSDB, DEM, MDB, CENTRÃO).
Para
que possam entender vou me basear em fatos históricos. Nossos direitos e nossas
contribuições sempre viraram moedas para trocar por favores políticos ou
influenciar em eleições conforme segue:
a) IPESP – Nosso antigo Instituto de
Pensão do Estado de São Paulo, criado em 1910, chegou a possuir um imenso
patrimônio, já que as nossas aposentadorias eram bancadas pelo Tesouro
Estadual. Como no decorrer dos anos para fazer política, os governadores
criaram várias carteiras de aposentadoria e pensões integradas ao nosso
Instituto, tais como: a) Carteira dos Advogados; c) Carteira dos Parlamentares,
inclusive para Vereadores e c) Carteira para Serventuários.
Mesmo
assim, enquanto só havia a contribuição das novas carteiras, o Instituto era
cada vez mais forte.
b) Infelizmente, os governadores do
nosso estado resolveram usar o nosso patrimônio para: a) Construir
empreendimentos imobiliários; b) Financiamentos para contribuintes e c)
construir obras públicas como prédios, escolas, centros de saúde e estradas com
verbas do nosso Instituto. Fizeram isso de maneira descontrolada. Até que
levaram à insolvência ao nosso IPESP.
c) Foi um imenso roubo das nossas
economias, tendo em vista, que o único dinheiro que entrou foram as nossas
contribuições. O governo do Estado nunca colocou a sua cota-parte que seria a
mesma dos funcionários públicos e das demais carteiras.
d) Após a Reforma do INSS realizada no
governo do F.H.C., ficou estabelecido que os governadores e prefeitos, criaram
os seus próprios Institutos de Aposentadoria e pensões.
e) É claro que houve uma corrida para
legalizar o roubo que fizeram sobre o funcionalismo. Durante mais de
uma década houve uma imensa luta entre os governadores do PSDB e as Lideranças
Sindicais, até que o Governador convenceu os Deputados da sua base que
aprovassem o SPPREV.
f) O novo Sistema foi aprovado pela LC
1010/2007 com um artigo que garantiam os Direitos dos aposentados e
pensionistas: “Artigo 27 - O Estado de São Paulo é responsável pela cobertura de eventuais
insuficiências financeiras do RPPS e do RPPM decorrentes do pagamento de
benefícios previdenciários, observada a insuficiência apurada em cada um dos
Poderes e órgãos autônomos” O roubo foi legalizado pelo governo do Estado
com o aval do STF que considerou o Artigo 27 como inconstitucional.
Em 2020, o Governador João Dória que achatou o
salário do funcionalismo, bem como dos aposentados e pensionistas, criou uma
nova contribuição confiscando uma parcela significativa do salário dos
aposentados.
Obs: a) As carteiras dos advogados, serventuários, parlamentares, embora em
extinção, continuam bancadas pelo Tesouro do Estado de São Paulo.
b) Aqui em
Marília, o roubo do IPREM foi semelhante ao do IPESP. Agora é a
legalização do roubo. Por que os Prefeitos que descontaram as contribuições dos
servidores municipais e não recolheram ao IPREM não foram punidos? Agora,
querem que os mais fracos paguem a conta.
c) Na esfera federal
o roubo foi legalizado com as reformas do sistema previdenciário;
d) Reclamar para
quem? No momento, no nível estadual, a luta continua com as ações da APEOESP,
no JUDICIÁRIO e na ALESP.
e) Por que é
sempre o trabalhador que paga a conta decorrente de roubos cometidos pelo
executivo de todos os níveis?
f) A política
acima é sempre adotada por governos do neoliberalismo financeiro.
Reduz o salário do trabalhador e consequentemente o mercado consumidor interno,
levando dificuldades para os empresários. Só não vê... Quem não quer!
Professor Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da
APEOESP.
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