*Governo de São Paulo também tem que cumprir o piso salarial nacional*
*Governo
de São Paulo também tem que cumprir o piso salarial nacional*
Após
muita pressão de sindicatos de professores de todo o Brasil, liderados pela
CNTE, e que contou com decisiva participação da APEOESP e também de nosso
mandato parlamentar, o governo federal anunciou que cumprirá a lei e garantirá
o reajuste de 33,23% no piso salarial profissional nacional.
Por
mais paradoxal que seja festejar o cumprimento da lei, lamentavelmente estamos
vivendo situações como essa no Brasil. A luta agora é para de fato a lei
11.738/2008 seja de fato cumprida, pois ela criou o piso nacional e determina
seu reajuste anual, e que esse reajuste não seja feito por meio de Medida
Provisória. Aqui em São Paulo a luta é ainda mais árdua, pois os sucessivos
governos do PSDB se recusam a aplicar a lei do piso e corrigir os salários dos
professores e das professoras.
Por
isso, seria uma piada de mau gosto, se não fosse trágico, o post no Twitter do
secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, contra Bolsonaro, quando este
ainda insistia em dizer que não reajustaria o piso nacional. É a velha história
do sujo falando do mal lavado.
Não há
o aumento de 73% para os professores que o secretário afirma em seu texto. Há
um arremedo de carreira que o governo pretende enviar para a Assembleia
Legislativa em fevereiro, que transforma salários em subsídios e acaba com
quinquênios, sexta-parte e qualquer outro adicional que a carreira atual
garante. Mais: além de ruim, essa nova carreira seria opcional e não beneficia
aposentados.
Na
reunião da Executiva da APEOESP realizada no dia 25 de fevereiro, aprovou-se
reivindicar o imediato reajuste de 33,2% nos salários para a equiparação com o
piso nacional, na perspectiva do cumprimento da Meta 17 do Plano Estadual de
Educação, ou seja, a equiparação dos salários dos professores paulistas à média
salarial dos demais profissionais com formação de nível superior. A valorização
passa também por uma carreira justa e transparente.
Defendemos o aperfeiçoamento da carreira do magistério, não sua
destruição. Não aceitaremos pagamento por subsídios, e queremos também a
valorização por experiência e tempo de serviço, por meio de quinquênios,
sexta-parte e outros mecanismos.
O
governo do Estado disse ter R$ 3,7 bilhões para implementação da “nova
carreira”. Por que não usa este montante para valorizar a atual carreira?
Professora
Bebel
Presidenta da APEOESP
Deputada estadual – líder da bancada do PT na ALESP
Comentários
Postar um comentário