*Começou mais um ano de luta pela vida*
*Começou mais um ano de luta pela vida*
No retorno às aulas
presenciais, o Governo do Estado decidiu não exigir de imediato a apresentação
do comprovante de vacinação das crianças. Ou seja, vacinadas ou não, todas as
crianças frequentarão normalmente as aulas. Também não foram tomadas medidas adicionais
de segurança sanitária, mesmo diante da comprovada ampliação do contágio do
novo coronavírus, na sua variante ômicron.
O secretário da
Educação, Rossieli Soares, decidiu que o estudante só será afastado se
apresentar dois sintomas típicos da Covid 19 e que as aulas de sua turma
prosseguirão normalmente. Ou seja, Doria e Rossilei continuam colocando
deliberadamente em risco a saúde e a vida de estudantes, profissionais da
educação e toda a comunidade das escolas estaduais.
Nós, da APEOESP, apelamos
aos pais para que não enviem seus filhos não vacinados ou que apresentem,
comorbidades às escolas. Do governo, estamos cobrando testagem em massa,
periódica dos profissionais da educação e que não apenas seja exigido desde já
o comprovante de vacinação, mas que as crianças não vacinadas permaneçam em
atividades remotas. A pandemia, é necessário reafirmar, não acabou.
As alas pediátricas dos
hospitais estão lotadas. UTIs voltaram a receber muitos pacientes, muitos deles
não vacinadas. Entre os vacinados, há sintomas leves, mas há casos que, mesmo
sem risco de morte, requerem cuidados hospitalares. Não é hora de baixar a
guarda.
Esta semana também
trouxe a notícia de mais descaso com os direitos educacionais das nossas
crianças. Por incompetência e descaso do governador Doria e do prefeito da
capital, Ricardo Nunes, 14 mil crianças se inscreveram, mas ficaram sem vagas
no primeiro ano do ensino fundamental na cidade de São Paulo. O próprio governo
municipal alega que a ampliação de escolas de tempo integral causou, em parte,
as dificuldades para prover vagas, o que demonstra que esse tipo de programa,
da forma como vem sendo implementado, é excludente e prejudica os estudantes,
mas também os profissionais da educação, pela sua forma de seleção e regime de
trabalho.
A APEOESP e o nosso
mandato popular estão solidários e lutando junto com essas famílias para que
sejam garantidas as vagas a que seus filhos têm direito. Da mesma forma,
estamos solidários e realizando campanhas de arrecadação de cestas básicas,
alimentos, roupas, remédios para as famílias vítimas das enchentes em diversas
regiões do estado.
Finalmente, após o
presidente Bolsonaro ser obrigado a recuar da sua intenção de não aplicar o
devido reajuste de 33.03% no piso salarial profissional nacional, ameaçando
enviar projeto para alterar a forma de cálculo que vem desde o governo do
presidente Lula, o secretário Rossieli diz que o governo estadual vai aplicar o
reajuste para os professores paulistas. Vai mesmo, senhor secretário? Queremos
ver. E vamos cobrar, porque sucessivos governos do PSDB, e também o governo
Doria, se recusam a aplicar a lei do piso e readequar os salários de toda a
carreira do magistério.
Isso já nos obrigou a ir
à justiça em 2017 e ganhamos 10,15% de reajuste em todas as instâncias.
Lamentavelmente o Supremo Tribunal Federal suspendeu o pagamento e até o
momento o assunto não foi pautado no pleno daquela corte. Continuamos na luta e
estamos exigindo o imediato pagamento do reajuste de 33,02%, assim como uma
mesa permanente de negociação com todas as entidades da educação.
São essas algumas lutas
que já estamos enfrentando. E o ano mal começou.
Professora Bebel
Presidenta da APEOESP
Deputada estadual – líder da bancada do PT na ALESP
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