O salário do magistério é determinante para recuperação da qualidade da Escola Paulista – Só não vê...Quem não quer...
O salário do magistério é determinante para recuperação da qualidade da Escola Paulista – Só não vê...Quem não quer...
Atualmente o Sistema Educacional Brasileiro é o “centro das atenções” do país. Provoca debates e repercussões importantes. Alguns úteis e outros nocivos. Parece que as autoridades e a sociedade civil organizada vão continuar de braços cruzados na aplicação da política do “quanto pior melhor”.
Os secretários da educação dos Governos Covas, Alckmin, Serra e o Ex-Ministro da Educação do FHC (todos do PSDB) responsáveis pelo fracasso da Educação Paulista criticaram o desempenho de cada momento da pasta. Foi uma lavagem pública de roupa suja, ou seja, um culpa o outro pelo fracasso.
Nós da APEOESP e da CNTE não fomos surpreendidos pelos resultados, tendo em vista que criticamos e apresentamos propostas para modificação do projeto pedagógico do PSDB, durante quase duas décadas. As decisões foram de gabinete sem qualquer parceria com a comunidade interessada (Magistério e alunos). Agora é a conclusão: O fracasso é vergonhoso perante a comunidade brasileira.
O projeto educacional do PSDB é tão pernicioso aos docentes e aos discentes, tendo em vista que uma parcela significativa de Professores, após longos anos de abandono e pressão, acabam com vários tipos de doenças profissionais e por outro lado à promoção automática, bem como a falta de orientações e a impunidade de alunos com desvios comportamentais, além da inclusão, levaram ao fracasso da escola.
Alguns órgãos de imprensa bem como autoridades incompetentes continuam na defesa da tese de que o salário do magistério não é importante para solucio nar os problemas. Quê Barbaridade! As avaliações, a nossa atuação: sindical, educacional e política mostram que a recuperação salarial é a principal condicionante para iniciar a recuperação da Escola.
Basta analisar a organização, bem como os salários dos docentes das escolas consideradas vitoriosas nas avaliações do ENEM e do SAEB. Só não vê...Quem não quer...
No seguimento da Escola Pública, os primeiros lugares, ficaram com as Escolas Federais (Colégios Militares, Escolas Técnicas ou vinculadas às Universidades). É o esperado, os docentes das respectivas escolas trabalham com jornada ideal, bem como possuem salários três vezes superiores aos da rede pública do estado de São Paulo.
O segundo grupo é formado por Escolas Técnicas Estaduais que recebem maiores investimentos tanto em equipamentos, bem como em salários para os docentes.
É claro, por último, ficou a rede estadual de ensino, com raras exceções de escolas que estão em bairros mais nobres.
Entre as Escolas Particulares, o salário do mestre foi o predominante. Só não vê... Quem não quer...
Pergunta-se ao “Governo Alckmin”:
Por que não solicita ajuda às entidades sindicais? Por que não cumpre a data base para revisão salarial? Por que não faz um plano para recuperar o salário do mestre que acusa perda acima de 250%, desde 1978? Por que não corrige as distorções da Lei 836? Por que não faz as mudanças propostas pelas entidades no plano de carreira? Por que não restabelece os regimentos das escolas? Por que não apóia o trabalho docente? Por que não modifica a jornada de trabalho do professor? Por que não respeita o Professor Aposentado? Por que não faz esforços para recuperar a imagem da Escola?
Infelizmente, para muitas crianças e adolescentes, a imagem perseguida é a do crime organizado. Por que não recupera a imagem do Professor para exemplo do aluno?
Para nós da APEOESP e da CNTE, a recuperação significativa do poder aquisitivo do Professor, é o primeiro passo para ajudar na recuperação da Escola Pública.
Espera-se que “Geraldo Alckmin” chame a APEOESP para negociar as perdas salariais, bem como as funcionais, desde a época de Paulo Maluf. Não pode ser esquecida a situação dos Professores Aposentados. Foram os mais prejudicados. Caso isto não aconteça, o desenvolvimento do país continuará ameaçado. Quem viver... verá! A Escola Pública “Pede Socorro”.
Prof Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da APEOESP.
Comentários
Postar um comentário