Realidade da Escola Pública Paulista:

Realidade da Escola Pública Paulista:
 Conseqüências do abandono dos professores.

         A Escola nos dias de hoje é mostrada como um caos total. Quem é responsável por isso? Antes de qualquer resposta é necessária um reflexão sobre a história da decadência dos Professores que é inerente à Escola.
         Até o início da década de 60 do século XX, a orientação do sistema escolar era francesa, formava-se o futuro cidadão.
Muitos intelectuais de araque dizem que era a Escola Pública da Elite.
         Havia uma particularidade na orientação francesa que dizia: “O professor é o principal trabalhador de uma sociedade. Seu trabalho é intelectual e, altamente, estressante”
A sociedade, como um todo, na época, Via o professor como um trabalhador indispensável e, altamente, respeitado.
As condições de trabalho eram as ideais. No calendário escolar era previsto o mês de Julho como recesso. Quando se cumpria 80% do calendário letivo a escola entrava em Férias. Isto acontecia no fim do mês de Novembro. As férias eram nos meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro. Isto acontecia com naturalidade e respeito, tendo em vista que os intelectuais e os políticos da época concordavam que o “Professor” não poderia ministrar suas aulas sob nenhum tipo de pressão. Os salários eram os melhores do país.
         Com o advento da orientação norte-americana começou o calvário dos professores.
A nobre profissão docente começou a ser comparada com os trabalhadores braçais. Isto começou após o movimento de 1964. Os intelectuais servidores da nova orientação iniciaram uma campanha contra os direitos e estabilidade dos professores.
Com o fenômeno do êxodo rural e a necessidade da construção de muitas escolas ampliou-se o ataque aos professores, tais como: Por que os professores ficam quatro meses em férias? Por que a jornada de trabalho é de apenas vinte horas? Por que os salários são os melhores do país? Este clima tenebroso existiu até os fins do “Governo Paulo Egídio Martins”. A mídia orientada para acabar com o status do professor encontrava oposição em intelectuais e políticos que ainda pensavam com a orientação francesa.
Infelizmente veio o maldoso “Governo Paulo Maluf”, com ele, iniciou-se a protelada destruição da Escola Pública e dos Professores.
De Maluf a Serra a decadência foi contínua. Dividiram o salário do Professor por cinco. Criaram leis que reduziram o trabalho docente em condições jamais pensadas aos intelectuais Pré-64. O “Professor” virou “máquina de dar aulas”. Para sobreviver precisa trabalhar até setenta horas semanais. Como conseqüência proveu-se o adoecimento do magistério, de tal forma que as pesquisas mostram um grande número de licenças psiquiátrica decorrentes do estresse já previsto no Pré-64.
Os governos que seguiram as maldades malufistas criaram uma sociedade extremamente violenta, sem ética, sem estética, e muito pior, acabou com os valores morais dos brasileiros.
As crianças e adolescentes não respeitam os pais, os mais velhos e muito menos os professores.
Muitos se comportam como “verdadeiros monstros”. Não há família, não há religião e não possuem padrões aceitáveis de socialização e respeito com os colegas, professores ou quaisquer tipos de autoridades.
Para concluir devemos lembrar que os países que fizeram o inverso ou mantiveram seus sistemas educacionais respeitando e valorizando os “mestres” continuam “Em Pleno Desenvolvimento”.
Acorda Geraldo! Acorda PSDB e Aliados! Os gregos diziam: “para conquistar um país é necessário destruir seu sistema educacional”. Aqui entre nós, enquanto o Governo Federal procura apoiar a educação dos estados mais humildes, o Estado mais rico da nação continua destruindo a Educação Pública. Só não vê...Quem não quer.
A Escola Pública Paulista pede Socorro. Chega de belos discursos! Queremos respeito e valorização.
Professor Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da APEOESP.




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