A Escola dos Bárbaros!
O
projeto educacional dos governos Covas/Alckmin/Serra/Alckmin proporcionou uma
desgraça à Escola Pública, ou seja, as medidas foram desastrosas:
a) Separaram os alunos por
faixa etária;
b) Separaram os irmãos mais
velhos;
c) Juntaram alunos de várias
escolas;
d) Alunos violentos se
juntaram;
e) A violência escolar aumentou
geometricamente;
f) A separação foi para
facilitar a municipalização;
g) Desempregou dezenas de
milhares de professores;
h) Fecharam escolas em muitas
cidades;
i) O trabalho pedagógico foi
banalizado;
j) O módulo de funcionários foi
reduzido;
k) O salário do professor ficou
defasado;
l) O salário é um dos piores do mundo;
m) O trabalho docente é cada
vez mais difícil;
n) As autoridades educacionais
se tornaram cada vez mais autoritárias;
o) Os projetos são elaborados nos gabinetes;
p) Quanto abre ao debate usam
técnicas para não receber nenhuma alteração;
q) Tudo é feito através do
monólogo;
r) Acabou o espírito
democrático que reinava nas escolas;
s) O Professor perdeu sua
autoridade;
t) A liberdade de cátedra virou
cumprimento de regras;
u) O Diretor de Escola atua
como gerente;
v) O Diretor não consegue
cumprir as funções pedagógicas e
w) A função do Diretor se
tornou cada vez mais difícil.
O resultado do projeto
educacional era evidente:
a) A promoção virou automática;
b) O aluno ficou sem estímulos;
c)
Provocou a irresponsabilidade
d) A falta de respeito aos mais
velhos é evidente;
e)
A responsabilidade está cada vez mais frágil;
f)
A escola está desacreditada;
g) O aluno estuda cada vez
menos;
h) É possível encontrar
analfabetos funcionais com o ensino básico concluído;
i)
Alguns chegam ao curso superior sem nenhuma capacidade crítica;
j)
Nas avaliações realizadas pelos organismos internacionais, os alunos da
Escola Pública Brasileira ficam com os piores índices;
k) Na avaliação do MEC chega-se
à conclusão que houve aumento quantitativo, mas perda qualitativa;
A escola como está, deve
ser chamada de “Escola dos Bárbaros”, produzida pela reengenharia financeira
dos gabinetes da Secretaria da Educação.
Para resolver os problemas
da escola pública são necessárias medidas corajosas, tais como:
a) Dobrar o orçamento da
Educação Pública;
b) Recuperar as perdas
salariais desde Paulo Maluf;
c) Recuperar a imagem dos
docentes;
d) Recuperar o conceito da
Escola Pública;
e) Estimular os alunos para
crítica e a natural competição da sociedade capitalista;
f) Dotar a Escola de
instrumentos para resolver a indisciplina escolar;
g) A política de inclusão deve
ser acompanhada de profissionais de apoio;
h) Classes para alunos
especiais, tanto para deficientes como para alunos que se destacam;
i) Dotar jornada para
professores com tempo para aulas, tempo para recuperação de alunos e tempo para
estudo, como preconizava Paulo Freire (A jornada do piso é um avanço);
j) A promoção continuada deve
ser revista;
k) Acabar com o conceito da
promoção sem conhecimento;
l) Respeitar o Conselho de
Classe;
m) Dar autonomia ao Corpo
Docente para tomar as decisões pedagógicas e
n) Dar apoio aos docentes na
solução de problemas disciplinares.
Para concluir, a SE
precisa acabar com suas falácias e dotar uma política de recuperação da Escola
Pública, com recursos na Unidade
Escolar e no bolso dos docentes. Sabe-se que os recursos existem. Não
existe vontade política para solucionar os problemas.
O Professor não é
sacerdote. Precisa de salário, respeito e tranqüilidade para executar sua tarefa:
Educar as futuras gerações!
Infelizmente, sem vontade
política, por parte dos governantes, a Escola continuará como “Escola dos
Bárbaros”... Quem viver verá!
Prof Juvenal de Aguiar –
Diretor Estadual da APEOESP.
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