Quadro Negro na Escola Pública Paulista.

Quadro Negro na Escola Pública Paulista.
                Segundo o DIEESE o salário do PEB-II para atingir o mesmo patamar de 1978 precisa de reajuste acima de 300%. Para cumprir a Meta 17 do PNE, nos próximos cinco anos será necessário um reajuste de 85,33%, além da inflação de cada ano. Só no ano de 2015 a inflação esteve acima de 10%. Portanto a equação salarial é explosiva. O Magistério do Estado de São Paulo foi à categoria que mais perdeu salário, prestígio, respeito, direitos e competências do Brasil. O principal estado da União Federativa do Brasil abandonou e massacrou os seus professores ao longo dos anos. Foi um dos melhores salários do país e hoje recebe menos do que muitas profissões de nível médio. Para provar tal afirmação, basta que o leitor veja o salário inicial dos concursos públicos das outras profissões.
                O ano que se inicia se tornará explosivo dependendo da postura do governo Alckmin que continuará fragilizando o Magistério, ou seja: a) Acabou de autorizar que as classes podem acomodar até 10% de alunos, além do número previsto em Lei; b) Não há previsão de reajuste para o Magistério no orçamento aprovado na ALESP para o ano de 2016 (Percentualmente é menor do que no ano anterior); c) A data base de reajuste é 1º de Março; d) O projeto do Plano Estadual de Educação que está na ALESP é prejudicial ao Magistério; e) Usará os recursos do Petróleo no SPPREV que é verba carimbada da educação conforme Lei Federal; f) Dificultará as licenças médicas dos professores através de novas regras; g) Médicos se descredenciaram do IAMSPE por falta de pagamento; h) Os laboratórios agendam exames de sangue para daqui há cinco meses; i) Pequenas cirurgias que eram realizadas por médicos conveniados estão sendo marcadas no HSPE, em São Paulo.
                Peço à sociedade paulista para analisar a real situação do professor e ajudar na reconstrução da principal profissão de qualquer país do mundo que deseja se desenvolver para convivência democrática, com paz e emprego para todos.
                O governo Alckmin continuará destruindo a nossa querida Escola Pública, caso insista na mesma política educacional para o setor. Os mais prejudicados, ainda, são os Professores Aposentados.
                A APEOESP continuará lutando para reverter o “Quadro Negro” existente. Queremos uma escola democrática, laica e competente que só será possível com a recuperação salarial dos Professores.
                Conclamamos as outras entidades do Magistério para uma luta unitária e que não haja divisionismo, por migalhas para as equipes gestoras como já aconteceu em anos anteriores.
                

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