Absenteísmo do professor!

Absenteísmo do professor!
            Nos países desenvolvidos, historicamente, a prática docente é valorizada. Aqui, entre nós, já denunciamos muitas vezes que a política salarial dos professores do estado de São Paulo estava e está equivocada. É uma política, paulatina, de arrocho salarial desde Paulo Maluf.
            É um projeto que procura o tempo todo fazer economia com o salário do Magistério.
            O governo Mário Covas criou um bônus para professores com base na presença dos docentes. Muitos companheiros para obter o bônus no final de cada ano. Trabalhava sem as mínimas condições (trabalhava doente, com problemas financeiros e familiares).
            A categoria adoeceu. Um grande número de companheiros (as) não consegue adiar os respectivos tratamentos. (estresse, cardíacos e pressão alta).
            A consequência são as atuais licenças médicas e as readaptações, bem como as constantes exonerações.
            Ministrar aulas é um trabalho muito difícil e foi banalizado pelos governos do estado de São Paulo e pelo FHC, como presidente do Brasil.
            O governo Alckmin, tentando tapar o sol com a peneira criou a política meritória para promover os trabalhadores da educação.
            É uma política condenada pelos seus criadores “norte-americanos”.
            Agora a casa caiu: Os estudantes se afastaram dos cursos das faculdades de filosofia, ciências e letras e, não há professores para substituir aqueles que se afastam por motivo de aposentadoria, exoneração e tratamento médico. Ninguém quer uma profissão que não é respeitada, além do arrocho salarial continuo.
            O governo do nosso estado mostra uma escola e uma carreira que não é atraente.
            Aceita estudantes e bacharéis como professores, desde que FHC acabou com a carteira de professor, ou seja: “qualquer um pode dar aulas”. Quanta barbaridade! 
O debate sobre o absenteísmo do professor deve iniciar-se pela valorização docente, com uma jornada de trabalho que não torne o “mestre” em máquina de dar aulas.
            Com a política salarial e de desrespeito aos docentes à falta de professores será permanente.
            Chegamos a um descaso que um (a) professor (a) demora até dois anos para obter sua honrosa aposentadoria. Isso é depois de cumprir todos os requisitos. Isso é imperdoável!
            O arrocho salarial com os aposentados é maior ainda. Todas as vezes que se fez um plano de carreira houve o reenquadramento dos aposentados. O governo Alckmin faz um plano de carreira, faraônico, para os ativos e abandona os aposentados que já perderam muito com a Lei 836 elaborada no “governo Covas”.
            Podemos afirmar: O absenteísmo do professor é consequência da política do arrocho salarial provocada por todos os governadores desde Paulo Maluf e que foi acirrada a partir de “Covas”.
            A divisão da categoria, em sopa de letrinhas, provocadas por Serra e Alckmin são as mais cruéis das políticas do PSDB na educação da escola pública paulista. Só não vê. Quem não quer!
            Professor Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da APEOESP.
            E-mail: juvenalpenteadon@gmail.com





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