Estamos sempre na Luta



Estamos sempre na luta
Na volta às aulas, professores, estudantes, suas famílias e os funcionários das escolas públicas se deparam com problemas muito conhecidos.
Na rede estadual de ensino, avolumam-se denúncias de fechamentos e, também, de superlotação de classes. Isto traz consequências para a qualidade do ensino, para o acesso da população à educação pública e para a empregabilidade dos professores temporários, que podem ficar um ano inteiro sem trabalho. Muitos estão nessa situação há mais de um ano.
A APEOESP luta para que as classes superlotados sejam desmembradas, para que haja o limite máximo de 25 estudantes em cada classe, para que sejam reabertas classes fechadas e que novas classes sejam criadas onde há demanda, seja no ensino regular, seja na educação de jovens e adultos. Frequentemente surgem informações sobre regiões cujos dirigentes recusam ou dificultam o registro da demanda por vagas nas escolas.
Problemas estruturais nas unidades escolares também são comuns. Na zona sul da capital, por exemplo, os estudantes da Escola Estadual Dale Coutinho, no bairro do Grajaú, devido à destruição de parte do telhado que ocorreu em setembro de 2017 e não foi reparado até o momento. Há escolas onde os banheiros e áreas comuns estão destruídas, há falta de materiais, até mesmo papel higiênico e há escolas onde itens básicos como papel e material didático são supridos com coletas ou dinheiro dos professores, que ganham muito mal.
Do ponto de vista da valorização profissional, o Governo do Estado se recusa a cumprir decisão judicial que deu reajuste de 10,15% aos professores e deu 7% em janeiro, cujo projeto ainda será votada na Assembleia Legislativa. O reajuste de 7% é muito pequeno diante de perdas da ordem de 24% desde agosto de 2014. Não desistimos do nosso reajuste de 10,15%, que juntamente com o de 7% perfazem o necessário para que a defasagem em relação ao piso salarial profissional nacional deixe de existir.
O retorno às aulas, portanto, prenuncia mais do mesmo: muita luta para que os professores sejam valorizados e respeitados, para que os estudantes tenham acesso a ensino de melhor qualidade e para que as escolas públicas possam receber condignamente estudantes, professores, pais, funcionários e a comunidade, cumprindo adequadamente sua função social.
Professora Bebel – Maria Izabel Azevedo Noronha
Presidenta da APEOESP


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