Má gestão da economia é uma das principais causas da evasão no ensino médio
Má gestão da
economia é uma das principais causas da evasão no ensino médio
Por: Redação RBA
Educação
Para presidenta da Apeoesp, tempo
integral, no caso do ensino médio, tem de ser por adesão, não por imposição.
"Jovens que têm de trabalhar precisam do curso noturno"
Os dados do Censo da Educação Básica de
2017, divulgados pelo Ministério da Educação nesta quarta-feira (31), mostram
que houve uma estagnação das matrículas do ensino médio. Segundo a presidenta
da Apeoesp, o sindicato dos professores da rede estadual paulista, Maria Izabel
de Azevedo Noronha, a Bebel, a necessidade de trabalhar é um dos motivos dessa
evasão, além da estrutura ultrapassada das escolas. A evasão representa 1,5
milhão de jovens que abandonaram as salas de aula antes de concluir o ciclo
básico.
A crise econômica tem forte influência
nessa realidade, segundo a dirigente. A queda na renda familiar em função de
desemprego ou de piora na qualidade do emprego, com queda na renda. “Se o
ensino médio é integral ou diurno, o jovem que precisa ir trabalhar não vai
permanecer na escola”, diz Bebel.
Um dos fatores para isso foi a aplicação
a aplicação desmedida da exigência do ensino em tempo integral sem acompanhar a
realidade local, que em muitas regiões acarreta a saída do aluno que precisa
trabalhar para ajudar no sustento da família. Para Bebel, o “falseamento” da
política de ensino médio integral, desconectada da realidade que poder ser
apurada desde o ensino infantil e fundamental, acaba em muitos casos
“empurrando” os jovens para fora da escola.
Ao menos no caso de ensino médio, o
Brasil não pode abrir mão da oferta do ensino noturno. “O ensino integral não
pode ser impositivo. Tem de ser por adesão”, defende a presidenta da Apeoesp,
Maria Isabel.
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