O bode do João Dória


“O bode do João Dória”
            Toda campanha eleitoral acaba num grande estelionato eleitoral para a Educação Pública. No caso do “João Pedágio” parece que não houve estelionato, pois numa das entrevistas falou claramente: - “se houver proposta de reajuste para o funcionalismo eu veto” embora nos debates com seguimentos, assumia compromissos de valorização.
            No caso da educação todas as melhorias estavam represadas pelo governo anterior, ou seja; vários diplomas e decisões foram herdadas pelo novo governo: a) Reorganização das Jornadas dos docentes para atender “a jornada do piso”( Lei do Lula) que está no STF, novamente, cujo acordão será emitido em meados deste ano; b) Reajuste Salarial com base nos reajustes do piso nacional dos professores (Lei do Lula), ou seja: Em 2017 o reajuste do piso ficou em 10,5%, o Geraldo Alckmin não quis cumprir a Lei, entramos na Justiça e o STF mandou pagar, inclusive com processo coletivo transitado em julgado. É uma dívida sobre 29 meses que perfaz um atraso de quase três salários atrasados; c) O reajuste do piso deste ano foi de 4,6%, portanto o reajuste deve ser de 15%. Isso para pagar o mesmo que já paga a maioria dos estados. Só para registrar o estado do Maranhão paga quase R$ 6.000,00 de piso; d) Existe um plano estadual de educação para ser cumprido que foi aprovado pela ALESP e sancionado pelo governo anterior; e) Data base anual do reajuste do funcionalismo do Estado de São Paulo é primeiro de março (não cumpriu).
            O Governador João Dória não cumpre algumas decisões judiciais e políticas que se arrastam há anos e resolve instituir “o bode do PSDB e aliados” no meio dos problemas da educação, ou seja: a) Novo calendário de Férias Docentes para 2020; b) Aumento de aulas por dia a partir da 6º ano; c) Colocação das escolas nas mãos da iniciativa privada para gastar com um programa que não deu certo durante o Governo anterior.
            Como são decisões que oneram o estado, parece que não é para cumprir, mas apenas para desviar a atenção dos verdadeiros problemas do setor educacional do nosso estado. Provoca novos debates na ALESP, com centrais sindicais e APEOESP, mas cumpre o seu objetivo: “Empurrar os problemas com a barriga”.  
            Por outro lado, o governo Federal propõe; a) redução de 50% nas verbas do FUNDEB; b) macarthismo nas escolas; c) redução de verbas para Universidades e Institutos federais de educação.
            É preciso por um freio no jogo político do “João Pedágio” e A nossa Escola precisa de grandes investimentos para voltar a ser a “melhor escola do país” lugar que ocupou há muito tempo.
                        A luta será sem quartel, mas acredito que venceremos para felicidade de todos. A Escola será sempre o reflexo da sociedade e único lugar que pode alavancar o progresso das futuras gerações. Isto é tão verdade que mais uma vez aconteceu: Abandonaram o setor educacional e consequentemente tudo desaba em todos os setores. Só não vê... Quem não quer...
            Professor Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da APEOESP, Vice Presidente do PT de Marília e Autor de vários livros.
           






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