Dória e Bolsonaro destroem o Estado e os serviços públicos. (2ª Parte)
Dória
e Bolsonaro destroem o Estado e os serviços públicos.
(2ª Parte)
Disputas eleitorais à parte, Jair
Bolsonaro e João Dória defendem o mesmo projeto destruidor e privatista. Seu
inimigo comum é o servidor público. Querem acabar com as carreiras do funcionalismo
para nomearem livremente seus apadrinhados e correligionários. Querem que o
Estado, em todas as suas dimensões, seja um mero apêndice de interesses
privados.
O quadro de servidores públicos
representa a memória e a continuidade das políticas públicas.
O ingresso por concurso e estabilidade
dos servidores efetivos não são regalias ou privilégios. Ao contrário, são a
garantia de que serão selecionadas pessoas capacitadas para servir à população
e que, por serem estáveis, não estão sujeitos a pressões ocasionais de governos
ou autoridades.
Como em qualquer relação de trabalho, os
servidores necessitam de direitos e garantias, e boa remuneração, para que se
mantenham trabalhando para o público. Do contrário, premidos pela necessidade de
sobrevivência, buscarão alternativas profissionais. Lamentavelmente isso
ocorre. E não ocorre em maior proporção porque o país está numa crise econômica
e social provocada por governos como os de Dória e Bolsonaro.
Por isso, engana-se quem pensa que
somente os servidores serão prejudicados pelo PLC 26. Quantos menos direitos
aos servidores, teremos:
a)
Menos médicos nos hospitais públicos e
postos de saúde;
b)
Menos profissionais no sistema de saúde
pública;
c)
Menos professores nas escolas públicas;
d)
Menos pesquisadores e cientistas nas
universidades e centros de pesquisa;
e)
Menos funcionários para atendimento à
população em todos os serviços públicos e
f)
Menos profissionais atuando na segurança
pública.
Enfim,
menos servidores públicos capacitados, cada vez mais substituídos por
funcionários de empresas terceirizadas, organizações sociais e grupos privados,
com salários baixos na base e gordos lucros no topo.
O
que as reformas administrativas de Bolsonaro e Dória têm em comum?
Quase tudo, começando pela sua
concepção. Ela se expressa com clareza no seguinte trecho da justificativa do
PLC 26: “Devemos deixar registrado que nesse cipoal de legislação que rege
matérias de pessoal no serviço público deste Estado, ao seu tempo possivelmente
serão apresentadas medidas complementares às que ora submetemos a avaliação
superior, a fim de incorporar atualizações que advirão quando da PEC federal nº
32/2020, que altera disposições sobre servidores, empregados públicos e
organização administrativa”.
Dória, portanto, antecipa no estado de
São Paulo, medidas que virão caso a PEC 32 venha a ser aprovada pelo Congresso
Nacional.
Uma das principais mudanças que traz a
PEC 32 de Bolsonaro é o fim do Regime Jurídico Único do serviço público, com a
substituição dos atuais servidores públicos por novos vínculos precarizados,
assim como o PLC 26 do Governador João Dória, que amplia as possibilidades de
contratação de temporários, sem concursos públicos e com salários rebaixados.
(Transcrição de parte do Boletim Especial da nossa entidade).
Aqui, em Marília, estamos pedindo a todos os
funcionários e servidores públicos, inclusive professores que conhecem o Deputado
Vinícius Camarinha para pedir que o mesmo, não vote a favor do PLC 26,
inclusive, poderá pedir ao governo João Dória para que retire o projeto da ALESP,
já que é líder do governo.
A
luta, agora, é conversar com todos os Deputados Estaduais e Federais para que
não aprovem as Reformas citadas.
Faremos,
inclusive, comitivas para conversar com os Deputados na ALESP, bem como a CNTE
fará trabalho semelhante no Congresso Nacional.
Professor
Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da APEOESP.
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