*Dia 12 de novembro, nas ruas, professores em luta!*
*Dia
12 de novembro, nas ruas, professores em luta!*
Na
próxima sexta-feira, 12 de novembro, professores e professoras da rede estadual
de ensino voltam às ruas, em assembleia estadual que se realizará às 14 horas
na Praça da República, em frente à sede da Secretaria Estadual da Educação.
Motivos
não faltam para a categoria se mobilizar. Os salários estão congelados, se
avolumam ataques contra seus direitos e contra a educação pública. O
desrespeito e o assédio moral nas escolas se tornam a cada dia mais sufocante.
Mais ainda, com a aprovação do PLC 26 (lei complementar 1361/2021) por apenas
dois votos além do mínimo necessário, todos correm o risco de demissão por meio
de avaliações de desempenho, cujas regras serão fixadas de cima para baixo pelo
governo.
Na
prática, a estabilidade do servidor público, necessária para que sua
permanência não fique à mercê de motivações políticas de acordo com as mudanças
de governo e para que haja continuidade das políticas públicas, está seriamente
ameaçada. Da mesma forma, o ingresso qualificado no serviço público, por meio
de concursos, cede lugar à livre contratação de temporários, que podem ser
facilmente demitidos e substituídos de acordo com o livre arbítrio dos
governantes.
Hoje
os professores e professoras recebem salários aviltantes. Entretanto, em vez de
instituir uma política salarial justa, que começa por recuperar a equiparação
dos salários-base do magistério ao piso salarial profissional nacional, o
governo Doria quer utilizar recursos do FUNDEB para dar um abono, que não se
estende aos aposentados, por meio do PLC 37. Ora, a política de abonos e
gratificações já foi superada desde 2011, com a incorporação desses adicionais
aos nossos salários e extensão aos aposentados. Não podemos aceitar esse
retrocesso!
Estudos
da subseção DIEESE/CEPES da APEOESP, mostram que, com este valor seria possível
um reajuste linear em torno de 7% a 9% para todos da categoria, inclusive
extensiva aos aposentados.
É
necessário, na realidade, um reajuste de 29,25% para que o Estado de São Paulo
cumpra o piso salarial profissional nacional, na perspectiva do cumprimento da
meta 17 do Plano Nacional e do Plano Estadual de Educação, que determina a
equiparação dos salários dos professores à média salarial dos demais
profissionais com formação de nível superior. A meta 17 dá conteúdo à
valorização salarial, associando-a à formação de nossos professores e
professoras e tem como referência a qualidade do ensino.
O
abono é recebido apenas uma vez, não se integra ao salário e, portanto, não
incide sobre os benefícios da carreira e na aposentadoria. Além disso, a lei do
FUNDEB determina que 70% das receitas do fundo sejam aplicadas em valorização
dos profissionais da educação e não na forma de abono.
Finalmente,
entre tantos outros motivos para lutar, é preciso colocar um fim no vergonhoso
confisco salarial de aposentados e pensionistas instituído pelo governo Doria.
Professoras e professores que dedicaram toda a vida à educação pública e
contribuíram para a sua aposentadoria, hoje passam dificuldades para
sobreviver, pois o governo lhes tira parte de seus já reduzidos vencimentos.
Por
isso, essa assembleia deverá ser grande e mobilizar todas as regiões do Estado
e, nela, discutiremos a possibilidade de uma greve geral da nossa categoria,
por salários, valorização, respeito e dignidade.
Professora
Bebel
Presidenta da APEOESP
Deputada estadual
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