Para onde vai a Sociedade Brasileira?
O povo brasileiro fica estarrecido com a violência existente na sociedade. Até a década de sessenta, noticias sobre tráfico de drogas, armas, produtos falsificados, prostituição infantil eram inexistentes. Notícias de chacinas, milícias e corrupção política estavam longe do imaginário popular. Pergunta-se: - O que aconteceu com as últimas gerações?
Falta de valores morais, éticos, estéticos e religiosos produziram uma calamidade social entre os Brasileiros.
Uma parcela significativa das famílias está em crise. Filhos são gerados e criados sem amor, carinho ou proteção dos pais. Muitos são abandonados ou ficam sob os cuidados dos avos.
Pais e mães que abandonaram os filhos partem para outras aventuras que geram novas crianças para a sociedade cuidar, educar, profissionalizar, prender ou matar quando se transformam nos monstros que assombram a sociedade Brasileira.
A falta de valores é tão grande que muitos pais, inclusive da classe média, visitarão os filhos no sistema penitenciário brasileiro. Infelizmente, parece que a sociedade está vacinada contra os valores, as virtudes e os bons costumes da humanidade.
A família abandonou o hábito de freqüentar as igrejas. Não há mais formação religiosa na maioria das crianças e dos adolescentes.
A família não impõe os valores mínimos de atitudes comportamentais como respeito aos mais velhos, disciplina com irmãos e colegas, além da organização do espaço familiar.
Muitas crianças quando chegam na escola são verdadeiros monstrinhos, sem nenhum padrão aceitável de comportamento.
A Escola não está preparada para substituir a família e a igreja. A Escola deve ministrar as matérias para formar o cidadão com os conteúdos da Escolástica. Está é a única função da Escola.
A formação ética, moral, estética e religiosa não é de responsabilidade da Escola.
A Instituição Escolar foi abandonada, paulatinamente, a partir do governo do maldoso “Paulo Maluf” e piorada a partir de “Mário Covas”.
No mesmo tempo que o governo reduz o investimento no sistema escolar e no salário do magistério novas funções são impostas aos professores, tais como: educador familiar, psicólogo, agente de saúde, policial, etc.
Por outro lado, o Ministério Público que deveria agir para que as famílias fossem responsabilizadas pela formação da criança e do adolescente, inclusive com penas alternativas para pais ou responsáveis pelos desvios comportamentais, faz exatamente o contrário, obriga o sistema escolar a suportar a indisciplina dos desajustados que se tornam exemplos para outros indisciplinados gerando cada vez mais violência no âmbito escolar.
A situação do professor é muito difícil. Uma grande parcela de alunos vai a escola para comer e desafiar a autoridade do professor, do diretor e dos funcionários.
A situação é, altamente, preocupante. A chacina do Rio de Janeiro poderá se repetir outras vezes. Queira Deus que eu esteja errado.
Por que o governo (PSDB e aliados) que representa a sociedade organizada em São Paulo não faz investimentos no sistema escolar para valorizar a escola e acabar com parte da desorganização social?
Investimentos na valorização do magistério para que sirva de exemplo para os alunos. O Professor precisa voltar à condição de imagem que o aluno deve perseguir.
Atualmente, a imagem que muitas crianças e adolescentes querem perseguir é a imagem do crime organizado que faz milhares de vítimas... Até quando?
O resultado de tudo isso é a formação de um imenso exército de reserva para o crime organizado que trará, geometricamente, mais gastos na construção e manutenção de novas penitenciárias para manter os condenados longe da sociedade.
Há um velho ditado: “quando se fecha uma escola abre-se uma penitenciária” devemos criar outro ditado “quando se diminui a qualidade das escolas abrem-se muitas penitenciárias” é o que infelizmente aconteceu, a partir do governo Mário Covas em São Paulo com a progressão continuada que se tornou automática.
Sem família, sem igreja, sem escola respeitada, a sociedade se tornará cada vez mais violenta. Quem viver, Verá!
Professor Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da APEOESP.
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