APEOESP: Vitória da Chapa Um

A APEOESP, há várias décadas, é dirigida majoritariamente por militantes do interior do Estado.
         Na última década é dirigida por lideranças de três principais tendências político-sindicais (Articulação Sindical dos Professores, Corrente Sindical Classista e Articulação Nova).
         As tendências citadas fazem uma aliança em cima de programas que em resumo é a luta por uma escola pública, laica, competente e que valoriza o Magistério.
         Sabe-se que o projeto político partidário que dirige o Estado de São Paulo, há quarenta anos, é neoliberal.
         Os governos neoliberais adotam a política de arrocho salarial, privatização e fortalecimento da iniciativa privada. Política que enfraquece as instituições públicas de tal forma que a escola pública paulista ao longo dos últimos quarenta anos foi sucateada e piorada, ainda mais, a partir de Mário Covas.
         O pior de todos os governos neoliberais foi o “José Serra”. Tratou os funcionários públicos e os trabalhadores com desprezo, arrogância e mão de ferro. Em alguns casos, usou a violência policial contra policiais civis, professores e outros funcionários quando reivindicavam salários.
         O PSDB não aprende a lição: Alckmin perdeu a eleição presidencial em decorrência da política adotada por FHC. Serra perdeu duas vezes em decorrência de suas próprias ações no governo de São Paulo.
         O atual governo Alckmin no início acenou com uma mudança de atitudes em relação ao Magistério, mas sua primeira atitude, embora melhor do que o “Serra”, também foi decepcionante: Não cumpriu a data base e o reajuste proposto é irrisório perante o crescimento das verbas do FUNDEB. Esperamos que o virtual candidato do PSDB à Presidência, possa melhorar suas propostas, caso contrário terá, outra vez, a oposição dos professores.
         A APEOESP e a Chapa Um se colocam contra o projeto neoliberal de forma, que ao longo dos anos a luta por melhores condições tanto de trabalho quanto de salários é realizada por integrantes do setor majoritário.
         A oposição dentro da APEOESP fica na crítica e não participa, ativamente, das lutas definidas nas instâncias da nossa entidade.
         A chapa 1 defendeu a Lei do Piso, onde os professores do norte, nordeste e centro-oeste seriam beneficiados com o piso. Em São Paulo, os professores deveriam obter reajustes maiores, tendo em vista que recebe mais que o dobro da média nacional das verbas do Fundeb por aluno/ano. Matematicamente é simples de entender: No ano de 2010, a média nacional foi R$ 1.300,00 por aluno ano e os governos foram obrigados a pagar o piso nacional. Em são Paulo a verba foi R$ 2.850,00 por aluno/ano, portanto, proporcionalmente, poderia pagar mais de dois pisos aos professores paulistas como piso inicial.
         A chapa 1 defendeu a lei, durante uma década, tanto pelo princípio salarial quanto pela jornada de trabalho inerente ao piso que estabelece: “dois terços da jornada do trabalho do professor é diretamente com o aluno e um terço é para trabalho extraclasse (HTPC e HTPCL)”. Após muita luta, no dia 27 de abril deste ano, por decisão do Supremo Tribunal Federal a jornada de trabalho do professor é válida para todo o território nacional. Esta foi à maior vitória dos professores do Brasil. Luta liderada por nós da Chapa 1 através da CNTE, Câmara Federal e governo Lula.
         A oposição dentro da APEOESP perdeu o bonde da História com críticas sem fundamentos. Este é apenas um dos motivos da vitória da Chapa 1. Existem muitos outros. O professor que sabe quem é quem!!! VOTOU NA CHAPA 1 (UM).
         Professor Juvenal de Aguiar – Diretor da APEOESP.

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