APEOESP – Ponto de Vista


                Durante mais de trinta anos temos a honra de participar das instâncias da APEOESP. Somos Sindicalistas forjados na luta do movimento da educação. Escrevemos centenas de artigos sobre a situação da educação paulista e brasileira. Tivemos o prazer de participar das greves no decorrer da nossa vida profissional.
                Sentimos na pele as maldades dos governos de Maluf ao Presente. Fizeram de tudo para piorar a educação pública. As mentiras foram colocadas como verdades através da mídia paga com o dinheiro do contribuinte.
                Os últimos anos para não reajustar os salários de todos os professores adotaram a política salarial baseada ma meritocracia.
A reengenharia das reformas no nosso plano de carreira ao longo período Maluf a Alckmin só tiveram um objetivo:
Reduzir o salário do Magistério. Como consequência o ambiente escolar tornou-se cada vez mais violento e com baixa produtividade, tendo em vista que abandonaram a equipe escolar ao longo das últimas três décadas.
                Durante os últimos trinta anos a nossa entidade tornou-se a principal defensora do Magistério. Embora, enfrentando críticas infundadas da oposição minúscula, que fazem discursos destrutivos. Nosso trabalho é reconhecido pela grande maioria dos companheiros. Nosso trabalho tornou a nossa entidade no maior sindicato da América Latina (180.000 mil filiados).
                É claro, recebemos todas as criticas e sabemos administrá-las. Sempre incorporamos as construtivas e desprezamos as destrutivas.
                Acreditamos que a “Greve” é e sempre será a arma para dialogar com o governo, quando não atende as nossas reivindicações, mas aprendemos com a categoria que não é sempre que os companheiros estão dispostos ao instrumento máximo da luta da classe.
                O governo Serra tratou o Magistério com mão de ferro e ganhou uma greve à altura de sua postura espartana. Numa das nossas assembleias nossa Presidenta usou a expressão “Vamos quebrar a espinha dorsal deste governo, ele jamais será Presidente da República”. O movimento foi tão expressivo que colocou o Magistério do País contra o candidato do PSDB.
                Geraldo Alckmin que também já foi derrotado numa campanha à Presidência, no início do seu governo mandou o Secretário da Educação conversar, diretamente, com a nossa categoria e ao mesmo tempo dialogar com as entidades.
                Respondendo, parcialmente, as reivindicações que nos levaram à greve contra o Serra divulgou um reajuste escalonado em quatro anos de 42%, com incorporação de duas gratificações que não resolvia a perda salarial de 37% desde a época de Mário Covas, tendo em vista que o reajuste anunciado era de 13% (com a incorporação de uma gratificação) para o primeiro ano, na realidade apenas 8% de reajuste, ou seja: mais uma vez a mídia divulgou a mentira como se fosse uma grande verdade.
                Neste ano, com a deliberação da Conferência Estadual de Educação de 2012, preparamos o ambiente para mais uma greve. O governo, por sua vez, na véspera da primeira Assembleia da Greve anunciou que o reajuste referente ao ano seria de 8,1% ao invés de 6% como estava previsto anteriormente. Serviu para desarticular grande parcela da categoria.
                Durante a greve fizemos quatro Assembleias, a primeira com mais de 20.000 participantes e a última com 10.000. Infelizmente, na avaliação do nosso Conselho Estadual de Representantes a greve acabaria por falta de adesão e ao mesmo tempo nossa principal liderança estava dialogando com o governo para avançar nas negociações. Frente aos avanços das negociações, o nosso CER votou a proposta de finalizar o movimento que foi acatada por nossa Assembleia, com protesto da estrema esquerda que liderava uma quantidade significativa de alunos e profissionais de outras categorias.
                As conquistas foram poucas, mas significativas para o Magistério. Podemos afirmar: O Magistério nunca obteve nenhum benefício que não fosse obtido pelo movimento liderado por nossa entidade, às vezes com o envolvimento de outras entidades do Magistério.
                Toda greve possui o seu histórico, a de 2013 nos trouxe mais um aprendizado: “As lideranças precisam ouvir o clamor da categoria, os companheiros não estavam motivados para o movimento grevista”.
                A APEOESP-Marília através do trabalho de valorosos companheiros e companheiras se tornou referencial no âmbito da nossa entidade.
                Reafirmamos e convidamos todos os companheiros e companheiras que tiverem problemas funcionais para que nos procurem para fins de orientações, recursos, mandados de segurança e processos judiciais contra o governo do estado, quando for o caso.
                Ao longo do tempo, sabemos que o nosso trabalho beneficiou dezenas de milhares de companheiros e companheiras no âmbito da APEOESP.

               


               


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