Verbas Educacionais: Festas para corruptos e corruptores
A maior parte das
verbas dos vários níveis de governo são as “Verbas Educacionais”. Nas campanhas
eleitorais, todos os candidatos mostram que podem resolver os problemas da
Educação. Infelizmente, quando assumem seus cargos, na práxis do dia a dia,
deixam de lado os compromissos de campanha. Há décadas que cometem verdadeiros
estelionatos com a nossa categoria. Todos fazem a reengenharia do Magistério
com um só objetivo: “Reduzir a folha de pagamento”.
Os salários sobem
que nem rabo de cavalo para baixo. Quando elaboraram o FUNDEF e após o FUNDEB
foram estabelecidas fontes de recursos que aumentam mais que a inflação,
exatamente, para melhorar o salário do Professor. O próprio nome do fundo é
“Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico e Valorização do Magistério”.
As verbas
existem. Infelizmente, não há vontade política de cumprir os mandamentos
constitucionais. Nas tentativas de negociação salarial os mandatários sempre
alegam que não podem aumentar o salário do magistério por causa da “Lei de
Responsabilidade Social”. Alguns, ainda dizem: Verbas, nós temos, mas não
podemos. A Lei não permite ou estamos no limite prudencial.
A grande maioria
dos mandatários desviam as verbas da educação para outros setores e até para
atos de corrupção. Deu nos jornais: Um Prefeito da Região mandou enterrar
Merenda não vencida, outro desviou recursos da merenda, outros compram pneus e
material de escritório, outros ainda, constroem prédios públicos com a verba da
educação. O próprio Ministério da Educação já mostrou centenas de municípios
com as famosas notas frias.
Considerar a
corrupção como crime hediondo não basta. É necessário julgamento do corrupto e
dos corruptores com processo sumário. Lugar de Ladrões é na Cadeia.
Em nossa
participação na CONAE, fase Marília e Bauru, apresentamos emendas que foram aprovadas, além de outras propostas
para o Plano Nacional de Educação o seguinte:
Emendas Propositivas de valorização do Professor (onde couber)
1ª -
“O Piso Salarial dos Professores nos Estados, Distrito Federal e nos
municípios, em que o valor por aluno ao ano for superior à média nacional será
maior na mesma proporção”.
Por
exemplo: Um estado nordestino é x (abaixo do valor mínimo), conforme previsão
haverá suplementação da união até a média nacional.
No
estado de São Paulo, o valor do aluno ao ano, é mais que duas vezes a média
nacional. Portanto, o piso para os Professores Paulistas será, no mínimo, o
dobro do piso salarial nacional dos professores.
2ª – “Garantir que o mesmo percentual do
aumento das verbas do FUNDEB, 10% do PIB e 100% dos Royalties do Petróleo do
Pré-Sal sejam repassados aos salários dos professores”.
3ª - Manter o Art 5º e seu Parágrafo Único
da Lei 11.738, de 2008, que estabelece:
Art 5º - O piso salarial profissional nacional
do magistério público da educação será atualizado, anualmente, no mês de
janeiro, a partir de 2009.
Parágrafo
único – A atualização de que trata o caput deste artigo será calculada
utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo, por
aluno, referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido
nacionalmente, nos termos da Lei nº 11.494 de junho de 2007.
4ª Criar um
conselho deliberativo para acompanhar a aplicação dos gastos das verbas da
educação.
Parágrafo 1º-
Este Conselho será formado por membros natos indicados pelas entidades do
magistério com representação nacional.
Parágrafo 2º-
A função do conselheiro nato será vistar e aprovar todas as notas, empenhos de
pagamentos, folha de pagamentos de professores e funcionários ou qualquer
despesa em que forem aplicadas verbas da educação.
Parágrafo 3º
- Os conselheiros, caso encontrem irregularidades deverão acionar a justiça
através dos departamentos jurídicos de suas entidades, além de denunciar nos
tribunais de Contas.
Parágrafo 4º
- Os tribunais de contas não aprovarão nenhuma despesa que não tiver os vistos
dos respectivos conselheiros.
Acreditamos
que para acabarmos com a corrupção dos Mandatários e para a consequente
valorização do Magistério, as emendas acima aprovadas nas fases Marília e Bauru
devem constar no Plano Nacional de Educação ou tudo continuará como antes:
“Sonhos e debates por sérios educadores e festas para corruptos e corruptores
como foi o Brasil desde que foi descoberto”.
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