Descongelamento dos salários, já!
Na sexta-feira, 18 de junho, os professores e as professoras vão
realizar uma caminhada do MASP, na Avenida Paulista, em São Paulo, até a sede
da Secretaria Estadual da Educação, na Praça da República.
Ao ar livre, com máscaras, álcool em gel, distanciamento social
e todos os cuidados necessários. Vamos dizer ao secretário da Educação que não
aceitamos mais a política de reajuste zero do governo do PSDB, nem o
descumprimento da decisão judicial que proíbe aulas e atividades essenciais nas
escolas, assim como a imposição de programas excludentes de cima para baixo, em
plena pandemia, como as escolas de ensino integral, escolas cívico-militares,
EJATEC e o “novo ensino médio”.
Não é hora de fazer estudantes, funcionários e professores
ficarem mais tempo na escola (a Organização Mundial da Saúde recomenda, se a
escola abrir, que a permanência seja de no máximo duas horas diárias). Não é
hora de mexer em currículo, num momento em que há limitações para que a comunidade
escolar possa debater. Aliás, a SEDUC não permite que professores, pais e
estudantes tomem decisões. Quer impor tudo de cima para baixo.
É hora, sim, de valorizar os professores. Para que nossos
salários sejam equivalentes ao piso salarial profissional nacional, desde a
base e suas repercussões na carreira, precisamos de reajuste da ordem de
29,25%. Chega de congelamento salarial!
É hora também de investir na melhoria das nossas escolas, para
que estejam em condições seguras de receber estudantes, funcionários e
professores quando a pandemia for controlada. O governo tem dinheiro, pois fez
um superávit de R$ 7,7 bilhões em 2020 e terminou o ano com R$ 11 bilhões em
caixa. E se dá o direito de praticar renúncia fiscal para empresários, que já
acumulou R$ 150 bilhões de prejuízo aos cofres públicos.
Também vamos dizer que é inaceitável a ameaça de demissão de 30
mil professores contratados temporariamente (categoria O) no final do ano e que
é injusta a atual forma de contratação, precária e quase sem nenhum direito.
Queremos concursos públicos e uma forma de contratação justa para quem tiver
contrato temporário, como mandou o Tribunal de Justiça e está previsto no Plano
Estadual de Educação.
E voltaremos a dizer: basta ao confisco salarial de aposentados
e pensionistas. Não pode haver descontos nos baixos proventos de quem já
contribuiu a vida toda para se aposentar.
Em plena pandemia, vamos às ruas com os cuidados necessários,
porque nosso grito está preso na garganta. Chega de ataques aos professores e à
escola pública!
Professora Bebel
Presidenta da APEOESP
Deputada Estadual
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