*PROFESSORES NAS RUAS EM DEFESA DA VIDA E DOS DIREITOS DA CATEGORIA*
*PROFESSORES NAS RUAS EM
DEFESA DA VIDA E DOS DIREITOS DA CATEGORIA*
Observando todos os cuidados, como uso de máscaras, uso de
álcool em gel e distanciamento, uma delegação de professoras e professores,
representando todas as regiões do estado, realizou na sexta-feira, 18/6, uma
caminhada desde o MASP, na Avenida Paulista, até a sede da Secretaria Estadual
da Educação, na Praça da República.
Manifestaram seu desacordo com o anúncio feito pelo governador
João Doria e pelo secretário da Educação, Rossieli Soares, de que pretendem o
retorno às aulas presenciais de 100% dos estudantes em agosto, sem que todos os
profissionais da educação tenham tomado a segunda dose da vacina e sem que
tenham sido tomadas todas as providências para a segurança sanitária nas
escolas, além da ausência de um planejamento pedagógico que leve em conta, por
exemplo, a necessidade de recuperação da aprendizagem dos estudantes.
Além disso, a caminhada reivindicou o descongelamento dos
salários, por meio de um reajuste imediato de 29,25% para que os salários-base
da categoria volte a se equiparar ao piso salarial profissional nacional. É
vergonhoso que o mais rico estado da federação pague salários abaixo do piso
nacional. A corrosão salarial é constante, o que tira a segurança dos
professores e interfere, é claro, na qualidade do ensino.
Outro ponto que reivindicamos é fim do injusto confisco nos
salários de aposentados e pensionistas. O governo alega um suposto déficit na
previdência estadual, que não é capaz de provar, para cobrar contribuição
previdenciária sobre os valores acima de um salário mínimo, penalizando pessoas
que já recebem parcos recursos e que contribuíram durante toda a vida pelo
direito a uma aposentadoria tranquila.
A categoria também se posiciona contra o que chamamos de “sopa
de letrinhas” instituída pelos governos do PSDB, que retalharam os professores
em diversas letras. O segmento mais penalizado é o da chamada “categoria O”
(contratados por tempo determinado), além dos professores das categorias S e V,
que são eventuais. São professores que têm escassos direitos e recebem salários
na média 25% menores que os professores efetivos.
Queremos concursos públicos para efetivação dos professores,
porque o número de docentes contratados temporariamente já ultrapassou o limite
do razoável. E queremos contratação justa para os professores admitidos
temporariamente, com os mesmos direitos dos professores efetivos, enquanto
durar a contratação. É o que determina a estratégia 18.2 do Plano Estadual de
Educação. Para esses professores, também queremos que tenham direito à
assistência médica pelo IAMSPE (Instituto de Assistência Médica ao Servidor
Público do Estado de São Paulo).
Estamos vivendo momentos muito difíceis nesta pandemia, mas não
abrimos mão de lutar pelos nossos direitos. Valorizando os professores, o
governo assegura educação de qualidade para todos. Planejando adequadamente e
realizando a volta às aulas presenciais no momento certo, com todos os
cuidados, escolas estruturadas e protocolos sanitários efetivos, o governo
estará defendendo a vida de todos.
Professora
Bebel
Presidenta
da APEOESP
Deputada
estadual
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