"Fora Bolsonaro e Fora Jõao Dória e seus lacaios.

 



Fora Bolsonaro e Fora João Dória”.

Vivemos tempos difíceis. O Brasil já caminhava para uma recessão desde o golpe de 2016, quando começou a se afastar do projeto bem-sucedido dos governos do PT para cair nas mãos de entreguistas, golpistas e, posteriormente, nas da extrema direita que, por um lado, com seu projeto neoliberal, atacou trabalhadores, beneficiários de programas sociais, salários, a CLT, o serviço público, o patrimônio nacional, a pequena agricultura, os movimentos sociais, a universidade, o meio ambiente; por outro, com seu obscurantismo medieval atacou a cultura, a arte, a diversidade de gênero e étnica, as religiões de matriz africana, a ciência, a tecnologia, transformando nosso país num espaço de cultivo ao ódio, à ignorância, ao falso moralismo, ao egoísmo, à intolerância e à decadência econômica. Não bastasse tudo isso, para aprofundar de vez a recessão, o país vive uma tragédia maior que entrou de mansinho no nosso território, mas aos poucos, ganhou uma capilaridade que coloca em crise os pilares da sociedade capitalista: a economia, o mercado financeiro, a política. Estamos às voltas com uma pandemia (mais de 600.000 mortos por culpa exclusiva do Governo Bolsonaro) que se espalhou com rapidez espantosa.

Todos os valores até então cultivados pelo governo atual tornaram-se ineficazes, pois a livre concorrência, o estado mínimo, as perdas de direitos e garantias, os ataques à Educação, à Ciência, à Saúde e à Tecnologia tornaram-se um obstáculo para o enfrentamento da doença.

Com seu plano econômico errático, muitos brasileiros ficaram desempregados, sem carteira assinada, sem aposentadoria, sem bolsa família, caindo na “uberização”, na informalidade. Para sobreviverem, muitos brasileiros saíram às ruas à procura do consumidor, abrindo barraquinhas nas calçadas, colocando seus produtos em seus carros, carriolas, tapetes e fazendo destes instrumentos suas lojas. Mas tudo isso veio água abaixo. O vírus exigiu isolamento! As pessoas precisaram ficar em casa para impedir a rápida disseminação da doença que traria o colapso do serviço público. Muitos acabaram morrendo em casa, sem ter atendimento hospitalar ou serviço funerário, pois ambos estavam sobrecarregados.

Mas, como ficar em casa, se a economia da informalidade exige movimento, circulação de pessoas? Como vão sobreviver sem trabalhar?

Este era o grande desafio para o governo. O Estado precisava garantir uma renda mínima para que as pessoas pudessem ficar em casa. Mas não só isso. Precisa garantir às empresas, que trabalhadores não fossem demitidos, que infectados não se misturem com quem não o está. Para isso precisava de muita eficiência, experiência, visão estratégica. Precisava contar com tudo aquilo que sempre desprezou: a Ciência, os programas sociais, a solidariedade, o pensamento coletivo. Infelizmente o nosso presidente não contribuiu para que os problemas fossem resolvidos a contento. Contrariando todas as orientações da OMS, Bolsonaro saía às ruas, cumprimentava pessoas, estimulava a volta ao trabalho. Parece que não se conscientizou do seu papel para enfrentar com inteligência e coragem uma grande tragédia nacional e mundial.  

O PT, com sua experiência em programas sociais, rede de proteção social, boa governança tem oferecido ideias excelentes. Graças ao PT e aos demais partidos da esquerda, foi aprovada a renda mínima emergencial, que precisava chegar com urgência nas mãos dos cidadãos brasileiros para que muitos pudessem sobreviver. O governo ventilou oferecer apenas R$200,00 reais, mas por pressão dos partidos de esquerda o valor subiu para R $600,00 até R$ 1200,00. De agora em diante várias decisões parlamentares e governamentais surgiram para darem sustentação à luta pela sobrevivência neste período duro pelo qual vamos passar.

Neste momento crucial, muitos estão percebendo que o Brasil sofreu um duro ataque ao apoiar o golpe contra Dilma. Seria mais fácil enfrentar esta pandemia com um governo sério e competente, que colocava o ser humano em primeiro lugar. Mas o importante agora é que prevaleça a ajuda mútua, a força e a coragem. Somos um só povo em busca de sobrevivência.  A reconstrução virá depois, quem sabe com um novo olhar e uma nova visão de mundo.

No entanto, pelas maldades do Governo Federal e do Governo do Estado de São Paulo. Nesse Sete de Setembro somos obrigados, moralmente, a nos manifestar “Fora Bolsonaro e Fora João Dória”. Os dois são apenas governos dos ricos para os muitos ricos. Defendem menos de 1% da população Brasileira que fica com mais de 70% das riquezas geradas no nosso país.            

Prof. Juvenal de Aguiar - Diretor Estadual da APEOESP

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