*Nas ruas, estamos em luta contra a destruição dos serviços públicos*
*Nas ruas, estamos em
luta contra a destruição dos serviços públicos*
Por
escassa margem de votos – apenas dois além do mínimo necessário, incluindo o
voto do presidente da ALESP, que não costuma participar das votações – o
governo Doria/Rossieli impôs na noite de 19 de outubro de 2021, um dos mais
graves ataques aos serviços públicos e aos direitos do funcionalismo no Estado
de São Paulo, com a aprovação do PLC 26, que antecipa a reforma administrativa
(PEC 32) que Bolsonaro luta para aprovar no Congresso Nacional. Com rapidez
impressionante, o governador já publicou a nova lei complementar 1361/2021.
A
reforma administrativa de Doria – como a de Bolsonaro – visa desmontar e
privatizar os serviços públicos, prejudicando assim a população. Querem acabar
com as carreiras do funcionalismo para nomearem livremente seus apadrinhados e
correligionários. Querem que o Estado, em todas as suas dimensões, seja um mero
apêndice de interesses privados.
Por
isso, querem quebrar a estabilidade dos servidores, ampliar a contratação de
temporários e cargos de livre provimento, deixando de realizar concursos
públicos, para manipularem mais facilmente a administração pública de acordo
com seus interesses partidários e de grupos e tomam medidas para facilitar a
agilizar demissões de servidores, efetivos e temporários, por meio de
avaliações de desempenho – que podem ser, inclusive, a volta das famigeradas
provinhas.
Além
disso, Doria combina a política de arrocho salarial praticada há anos pelo PSDB
com uma perspectiva de flexibilização da remuneração dos servidores,
utilizando, por exemplo, a Bonificação por Resultados criada pelo PLC 26 e o
anunciado envio de uma “proposta de carreira” para os professores, que na
verdade significa a destruição da nossa carreira. Se ela contém falhas – e são
muitas – nos assegura quinquênios, sexta-parte, evolução por tempo de serviço e
formação. Tudo isso será eliminado pela proposta que o governo enviará.
Neste
momento, essa política também se expressa no envio do PLC 37, que cria o “abono
FUNDEB”, a ser pago em parcela única, sem incorporação aos salários e sem
incidência sobre a carreira e aposentadoria. Não queremos abono. Isso é
retrocesso! Queremos política salarial justa para toda a nossa categoria, tanto
ativos e aposentados.
Junte-se
a isso a irresponsável determinação para a volta obrigatória de todos os
estudantes às aulas presenciais em novembro, sem a exigência de distanciamento
e temos um quadro de total descaso para com os direitos e a vida de que estuda
e trabalha nas nossas escolas. Aliás, o próprio secretário da Educação
reconhece que somente 24% das escolas estaduais tem alguma condição de garantir
protocolos sanitários.
Esse
é o governo que temos no estado de São Paulo, imagem e semelhança do governo
genocida de Bolsonaro, que acaba de ser indiciado pela CPI da covid em crimes
contra a humanidade.
Por
isso, estaremos mais uma vez nas ruas, no dia 28 de outubro em ato unificado
com os demais segmentos do funcionalismo, às 16 horas, na Praça da República.
E, no dia 12 de novembro, novamente na Praça da República, às 14 horas,
realizaremos uma grande e forte assembleia estadual dos professores para dizer
um basta a tudo isso e lutar pelas nossas reivindicações.
Professora
Bebel
Presidenta da APEOESP
Deputada estadual - PT
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