PT: 44 anos de luta pela democracia

PT: 44 anos de luta pela democracia Neste dia 10 de fevereiro, o Partido dos Trabalhadores completa 44 anos de existência. Tenho a grande honra e alegria de pertencer a este partido, que nasceu das lutas e dos anseios da classe trabalhadora brasileira e tem como seu principal líder o único presidente eleito e reeleito para três mandatos. De origem humilde, operário, humanista e lutador pelas causas do nosso povo, o presidente Lula personifica a trajetória dos trabalhadores brasileiros nos últimos cinquenta anos, assim como personifica a reconquista da democracia, com a derrota da ditadura militar e a sua cotidiana defesa contra os ataques insidiosos daqueles que não aceitam que o Estado trabalhe em favor da maioria da população. Resultado da decisão política dos líderes operários e populares em prol da organização política da classe trabalhadora, reconhecendo os limites da atuação sindical, o PT também resulta da inestimável colaboração de intelectuais do porte de Aurélio Buarque de Holanda, Mário Pedrosa, Perseu Abramo e tantos outros. Da participação de artistas e produtores culturais como a inesquecível Lélia Abramo. Dos militantes das Comunidades Eclesiais de Base e de muitos outros militantes oriundos das organizações políticas que lutaram contra a ditadura militar, muitos deles libertados das prisões ou retornados do exílio por força da lei da anistia, que, lamentavelmente, deixou impunes torturadores, assassinos e criminosos que participaram do regime autoritário. Não se pode falar na atual democracia em nosso país sem falar no Partido dos Trabalhadores. Se cometemos equívocos ao longo de nossa história, eles foram cometidos no marco da luta em defesa do povo brasileiro. Nosso partido foi uma das principais forças propulsoras da campanha pelas eleições diretas para presidente em 1983-1984 e na Assembleia Nacional Constituinte, partiram de nossa pequena bancada de deputados algumas das principais propostas que representaram avanços nos direitos sociais e nas garantias democráticas. Por essa trajetória de combatividade e compromisso com o povo, somos vítimas de grandes ataques e injustiças. A maior delas foi o processo judicial fraudulento que levou o presidente Lula a amargar 580 dias de prisão na Polícia Federal a mando do ex-juiz, ex-ministro e atual senador Sérgio Moro, que hoje sofre processo de cassação do mandato. Essa prisão gerou 7 anos de atraso, que começou com o golpe contra a presidenta Dilma, em 2016, colocando Michel Temer no governo e se agravou ainda mais com a chegada de Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto, graças à prisão de Lula. O Brasil retrocedeu, centenas de milhares de vidas foram ceifadas pela pandemia devido à política genocida de Bolsonaro e a crise econômica e social se agravou, assim como a corrupção. Quis a história que justamente na semana em que nosso partido completa seus 44 anos bem vividos, a operação denominada "Tempus Veritatis", realizada pela Polícia Federal por ordem do Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, e os materiais por ela recolhidos venham jogar mais luz sobre a tentativa de Estado articulada pelo ex-Presidente Jair Bolsonaro e seus principais assessores, incluindo alguns oficiais graduados das Forças Armadas. A PF recolheu documentos importantes, o roteiro do golpe, minuta de decreto para decretação de estado de sítio, lista de pessoas a serem presas, gravações e, muito grave, um vídeo de reunião ministerial na qual se tratou abertamente do golpe. Ao tempo em que essas provas vêm à tona, evidencia-se, novamente, o fortalecimento da democracia. Para meia dúzia de generais e outros oficiais que participaram desta traição à Pátria, existe o alto comando das FFAA e todo um conjunto de comandantes que se recusaram a aderir. Para cada político de extrema direita cúmplice dessa iniciativa vergonhosa, milhares de outros, de diferentes partidos, se uniram na frente democrática que elegeu o Presidente Lula e ajudaram a sufocar o atentado à democracia em 8 de janeiro. As instituições estão em pleno funcionamento. Que a justiça siga seu curso e condene todos os golpistas, sem exceção e sem anistia. É preciso que a justiça também se ocupe dos que continuam pregando o golpe, como o Senador Olímpio Mourão, que subiu à tribuna do Senado Federal para incitar as Forças Armadas contra a ordem democrática. Não há imunidade parlamentar para esse tipo de discurso, pois a imunidade de um Senador é para que possa emitir livremente opiniões e trabalhar no marco da democracia, não contra ela. Ao completar seus 44 anos de existência o PT continua trilhando o caminho da luta por mais democracia, mais direitos, mais justiça social. Continua sendo o partido com maior preferência popular, citado por 29% das pessoas entrevistadas na recente pesquisa Atlas/Intel. Neste ano, teremos eleições municipais e o PT disputará a prefeitura de Piracicaba. Coloquei meu nome nesta disputa, como pré-candidata pelo nosso partido. É assim, como destemor, sempre em busca de servir ao povo, que construímos a nossa história. Professora Bebel Deputada Estadual – PT Segunda Presidenta da APEOESP

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