Defender a educação é defender o futuro


Defender a educação é defender o futuro
Está sendo urdido pelo governo Bolsonaro o anúncio do fim do modelo de universidades públicas gratuitas construídas a duras penas nas últimas décadas.
O projeto, que recebeu o nome “Future-se” e que, como tudo neste governo de retrocessos carece de transparência e de discussão com a sociedade, prevê a mudança do regime jurídico das universidades federais, a possibilidade de financiamento privado, a cobrança de mensalidades e o fechamento de instituições e cursos considerados deficitários.
Estão previstos também planos de demissão voluntária e a substituição de reitores vindos do corpo docente por gestores recrutados na iniciativa privada.
Mais uma vez o governo Bolsonaro expõe a sua razão de ser. Diz vender eficiência, mas está entregando o desmonte do sistema federal de educação superior, sem ter vencido antes o gargalo da dificuldade de acesso: menos de 15% dos brasileiros têm nível superior (IBGE/PNAD, 2016) e somente metade têm nível médio (OCDE, 2018).
Trata-se de um discurso incompatível com a necessidade de proporcionar mais acesso à Educação de qualidade, pressuposto da formação para a cidadania e medida indispensável para reforçar a produtividade do trabalhador brasileiro.
Estamos assistindo a mais um capítulo de uma agenda macabra. É preciso escancarar que o projeto, além de visar o desmonte da educação pública superior no Brasil, quer afastar os pobres dos centros de excelência e, mais do que isso, preservar seu projeto de poder baseado no medo e na ignorância.
Por outro lado, na Assembleia Legislativa, participo da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as universidades estaduais, montada pelas bancadas de direita para tentar “provar” que essas instituições são dispendiosas e improdutivas. Querem, na verdade, questionar direitos legítimos de seus professores, funcionários e estudantes, para abrir caminho à cobrança de mensalidades, ao fim da políticas de cotas e, finalmente, à sua privatização parcial ou total.
Esse tipo de ataque se combina com o abandono da escola básica pública, á desvalorização de seus profissionais, ao corte de verbas, enfim, ao total retrocesso na educação pública brasileira e paulista.
Por isso, no dia 13 de agosto é hora de voltarmos às ruas novamente, professores, estudantes, funcionários, pais e mães, movimentos sociais, para defender de fato o futuro do nosso país.
Professora Bebel
Deputada Estadual
Presidenta da APEOESP

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