O papel e a identidade do intelectual
O papel e a identidade do intelectual.
A maior
parte dos brasileiros não frequentou uma escola de qualidade na formação da
cidadania. Podemos afirmar que a maioria da classe média e dos trabalhadores
não consegue interpretar um texto e, dificilmente, sabe o que está por trás da
mensagem que lê ou que ouve através da mídia. Tudo possui no mínimo uma ou
várias tendências, portanto, em primeiro lugar o cidadão deve conhecer o autor
do texto. Tomar ciência da sua formação e de quem está a serviço? Qual é a mídia
que está divulgando? É um texto doutrinário? Esclarecedor? Informativo?
Formativo?
Os
intelectuais sempre estarão engajados numa causa, numa doutrina e a serviço
venal de instituições legais ou clandestinas. A busca por recursos e a formação
dos intelectuais forçam a sua posição política, ou seja: sempre na defesa dos
patrocinadores.
Na década de
trinta, através do governo Theodore Roosevelt, os Estados Unidos passaram,
paulatinamente, a governar com regras do capitalismo, mesmo criando algumas
instituições da Social Democracia que alavancaram o crescimento invejável dos
gringos. A Europa Ocidental, paulatinamente, desde a Revolução Industrial
convive com a formação, a luta e a organização sindical dos trabalhadores. Após
1918, convive com a ameaça do comunismo promovido pelos Russos.
A burguesia
da América do Norte e da Europa Ocidental entregaram os anéis e fizeram muitas
concessões para os trabalhadores, na negociação das lutas das classes dos
trabalhadores na construção duma sociedade justa, progressista e democrática.
Aqui no
Brasil, desde o Governo Vargas que se produz uma sociedade com traços da social
democracia, mesmo com a perseguição, mortes e prisões dos nossos presidentes
nacionalistas e populares como: GV, JK, JQ, JG, LULA, etc.
No momento,
a luta EEUU contra a China produz uma enorme divisão do mundo: Aliados dos
primeiros ou do segundo na guerra comercial.
Infelizmente,
a nossa Extrema Direita (Donos dos meios de produção) optaram pelo bloco que se
alinha aos primeiros. Abandonando a política de não alinhamento, em curso,
desde o fim da segunda guerra mundial. O povo Brasileiro que obteve crescimento
social, trabalhista e urbanista não conseguiu perceber a grande manobra contra
o partido dos trabalhadores. Os intelectuais pagos com recursos do capitalismo
financeiro passaram a minar as instituições dos trabalhadores através de
notícias falsas (Fake News). Usando a tecnologia da Informação, os empresários
da extrema direita encaminharam centenas de milhões de mensagens personalizadas
para os eleitores com objetivo de formar um grande bloco contra o PT. Desta
forma, aprisionaram uma multidão de eleitores evangélicos que na sua maioria,
não possui nenhuma capacidade crítica e acabaram por eleger o verdadeiro
inimigo, como se fosse o salvador da pátria. Isso só foi possível pelo trabalho
dos intelectuais engajados no projeto da extrema direita que se alinha aos
Estados Unidos.
Os
intelectuais do nacionalismo, dos empresários e dos sindicatos a princípio não
entenderam o plano maquiavélico que estava em construção. A reação demorou
muito. Agora, o plano dos reacionários está para vencer mais uma das suas
etapas que é a reforma da previdência. A próxima será a reforma da universidade
pública bem como a transferência de todos os bens dos brasileiros às forças
exógenas que só querem a nossa exploração. Isso tudo com a conveniência do
governo eleito para acabar com a luta por direitos que sempre foi a bandeira da
esquerda e dos grupos ou partidos progressistas.
Ainda, é
possível minimizar as nossas perdas, com a liberdade do Lula, a defesa do nosso
parque industrial e a retomada de tudo que nos foi tirado pelos mandatários
desde o golpe contra a Presidenta DILMA.
Os nossos
intelectuais devem mostrar o caminho da luta ao povo brasileiro para que
possamos no mínimo, recuperar os traços da Social Democracia que nos foram
surrupiados. Bem como retomarmos a Bandeira de “Novas Eleições”, tendo em vista
que o país continua em decadência, desde o golpe na Presidência e a
legitimidade do atual presidente está colocada em cheque, desde que prenderam o
candidato que ganharia as eleições. Já considerado como “Preso político” por
grande parte das instituições democráticas do nosso país e do mundo.
Lula Livre
para lutarmos por um país melhor, com pleno emprego e educação formativa de
qualidade nas escolas públicas. Isso é possível, desde que o povo tome
conhecimento da realidade que está vivendo.
Professor Juvenal de Aguiar – Diretor
Estadual da APEOESP e Vice-Presidente do Partido dos Trabalhadores de Marília
Maria Elvira Nóbrega Zelante - Professora
de Português e Literatura
Mariana C. Broens - Professora
Doutora da UNESP
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