Um primeiro de maio em defesa da vida.



Um primeiro de maio em defesa da vida
É histórica e contínua a luta da classe trabalhadora por direitos, vida digna e justiça social.
Em tempos de coronavírus, essa luta se tornou ainda mais urgente, complexa e difícil. No Brasil e em todo o mundo, milhões de trabalhadores perdem salário e direitos devido à ganância dos patrões e à insensibilidade de muitos governos, como é o caso de Jair Bolsonaro, que promove a desagregação social em meio à crise.
Este, portanto, é o primeiro de maio da solidariedade. Mais que uma diretriz política, neste momento a solidariedade entre a classe trabalhadora se expressa em ações concretas, pois está em jogo a sobrevivência das pessoas.
Neste momento, o gesto fundamental de solidariedade e respeito à vida é o isolamento social horizontal. Ficar em casa, para todos os que têm essa possibilidade, representa o maior gesto de amor à vida. Amor aos entes queridos, amor ao próximo, evitando a propagação do contágio de um vírus mortal.
A solidariedade se expressa também na distribuição de alimentos e gêneros de primeira necessidade a quem precisa, como faz a APEOESP, por meio de suas 94 subsedes, pois a crise sanitária provocou uma crise econômica.
Neste primeiro de maio, devemos enaltecer e homenagear os trabalhadores dos serviços essenciais, que continuam a sair às ruas para que possamos permanecer em casa. São garis, entregados e tantos outros. Mas devemos homenagear particularmente os trabalhadores da saúde, nossos heróis modernos. Heróis da vida, que trabalham ininterruptamente no enfrentamento ao coronavírus. Muitas vezes sem a devida proteção, especialmente nos hospitais públicos, essas heroínas e esses heróis arriscam a sua vida para salvar milhares da morte.
Também os professores e as professoras precisam ser lembrados, assim como os demais profissionais da educação, porque o isolamento social e a suspensão das aulas fizeram sobressair a importância social da nossa profissão e o papel insubstituível da escola no processo civilizatório.
Neste primeiro de maio, muito ouviremos falar do Estado. Porque na pandemia, ganha destaque o a importância fundamental do Sistema Único de Saúde, o SUS, tão combatido pelos ultraliberais e que aí está, salvando vidas. Se estamos vivendo uma situação tão grave, imaginem se não tivéssemos no Brasil um sistema de saúde público, universal e acessível. Também é ao Estado que recorrem empresários, trabalhadores e todos os demais segmentos sociais neste momento de crise.
O Brasil não será o mesmo depois da pandemia. Estamos vendo o país inteiro repudiar um presidente genocida, irresponsável, que privilegia os interesses econômicos de seus aliados, em detrimento do direito à vida. Um presidente que não se importa com a vida do povo não pode continuar nos governando. Esse primeiro de maio, portanto, também será do Fora, Bolsonaro.
Em defesa da vida, dos serviços públicos e dos direitos dos trabalhadores.
Viva o Primeiro de Maio, dia de luta da classe trabalhadora.
Professora Bebel
Presidenta da APEOESP
Deputada estadual


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