Artigo publicado no Jornal da Manhã, página dois, do dia 17/05. Peço para compartilhar.

SALVAR VIDAS É O ESSENCIAL
No dia 13 de maio de 2020, mais de 4,2 milhões de pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus, que causou 292.376 mortes em todo o planeta. O Brasil, nesta data, estava em sexto lugar em óbitos pela Covid-19. Neste dia, aqui no país, 13.149 mortes foram contabilizadas, sendo que mais de 750 mortes num só dia, sem considerar que sendo o país um dos que menos fazem testes no mundo, estes números não correspondem à realidade, pois subnotificados. A situação é desalentadora, pois as perspectivas são de um aumento exponencial de infectados, gerando insegurança, pânico e instabilidade.
Frente a este clima de tragédia mundial, temos de lidar, aqui no Brasil, com situações inverossímeis: o presidente pressionando os governadores a determinarem apenas um isolamento vertical, liberando os trabalhadores para voltarem ao trabalho sendo que a flexibilização prematura das políticas de isolamento social provoca aumento da taxa de transmissão do vírus, convulsão nos hospitais públicos e particulares e aumento das mortes; o ministro da Educação afirmando não ver motivos para alterar a data do Enem, pois, segundo ele, este exame não foi feito para corrigir injustiças, demonstrando que as vulnerabilidades da população pobre realmente sequer são consideradas pelo governo; mais de 73, 2 mil militares recebendo auxílio emergencial destinado a trabalhadores informais impactados pelos efeitos da pandemia, enquanto milhões de brasileiros ainda não conseguiram receber a primeira parcela e passam necessidade; as micro/pequenas/médias empresas, os microempreendedores individuais, estando ainda sem receber socorro do governo, mesmo tendo sido aprovado o projeto Lei(PL)1.282/2020, no dia 7 de abril, que autoriza concessão de crédito aos MEI, com risco assumido pelo Tesouro Nacional ;  o presidente pressionando o Ministro da Saúde, que substituiu Mandetta,  a fazer propaganda da hidroxicloroquina cuja eficácia para o tratamento do Covid-19 já foi contestada por cientistas renomados; o  presidente mandando para o Congresso a MP910 que estabelece novos critérios para a regularização fundiária de imóveis da União e do Incra, que irá legalizar esbulho e grilagem de terras públicas, além da destruição da Amazônia e dos indígenas; famílias de detentos sem autorização para receberem o auxílio emergencial, como se parentes tivessem que pagar por crimes  cometidos por outrem, revelando mais uma vez a falta de compaixão e de empatia deste governo tresloucado pela população sofrida.
O governo, para não ajudar os brasileiros a cumprirem seu isolamento social com garantia de sobrevivência econômica às famílias e às empresas, pois quer fomentar o caos, alega não ter dinheiro para este socorro, mas dinheiro existe! Basta fazer o que todos os países do mundo estão fazendo: impressão monetária de dinheiro na forma de moedas ou na forma de endividamento. O essencial é a defesa incondicional, aberta, total, desabrida, do isolamento social com garantia de renda, pois a defesa à vida está em primeiro lugar.
Ao invés de criar situações de conflito e insegurança como Bolsonaro tem feito todos os dias, deveria estar pensando em ações concretas para mitigar a crise e salvar o povo brasileiro. Mas isso não faz parte de suas preocupações
Enquanto vemos o presidente andar de jet-ski no dia em que o Brasil completava 10.000 mortes; vemos Regina Duarte tripudiar a cultura, os artistas, e enaltecer a morte e a tortura; vemos fascistas pedindo a volta da ditadura militar, a volta do AI 5, lembramo-nos de que já fomos felizes e sabíamos. Que tempo bom aquele em que Gilberto Gil era o Ministro da Cultura; Haddad, ministro da Educação;  Chioro, Ministro da Saúde; Lula e Dilma presidentes!
Naquele tempo, o povo era o centro das preocupações do governo. Quantos projetos foram implantados por Lula e Dilma para dar ao povo a oportunidade de crescer e ter uma vida digna. Tivemos: 1. Bolsa-Família; 2, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil; 3. “Programa Minha Casa, Minha Vida”; 4. Criação de 18 novas universidades federais em locais em que não havia ensino superior público e criação do ProUni, programa que tem por objetivo permitir o acesso de jovens de baixa renda à educação universitária por meio da concessão de bolsas de estudo, integrais ou parciais; 5. Ganho real ao salário mínimo; criação do SAMU, a Farmácia Popular, o SISU, programas “Água e Luz para todos” e “Agricultura Familiar”. 6. Criação de unidades de Pronto Atendimento, além de Creches, PRONATEC. Além do mais, o essencial para este momento: 60% dos leitos de UTI foram criados durante os governos do PT.
Agora só nos resta unir todos os antibolsonaristas e lutar para que Bolsonaro saia o mais rápido possível do governo, antes que não haja mais Brasil para contar a História.
E relembrando Aldir Blanc “O Brazil não merece o Brasil” “O Brazil está matando o Brasil” “Chora a nossa pátria mãe gentil/ Choram marias e clarisses no solo do Brasil/ Mas sei que uma dor assim pungente/ não há de ser inutilmente/ A esperança dança na corda bamba de sombrinha/ E em cada passo dessa linha pode se machucar/ Ah, a esperança equilibrista/ Sabe que o show de todo artista tem que continuar.
Prof. Juvenal de Aguiar - Diretor Estadual da APEOESP e Maria Elvira Nóbrega Zelante – professora aposentada, militantes do Partido dos Trabalhadores e Membros da Executiva Municipal de Marília.



               

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