O GENOCÍDIO CONTINUA NA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO
O GENOCÍDIO CONTINUA NA EDUCAÇÃO DO
ESTADO DE SÃO PAULO
Quando escrevi o livro GENOCÍDIO EDUCACIONAL NO ESTADO DE SÃO PAULO demonstrei,
através de pesquisas, muitas das maldades que os governos fizeram contra o
sistema educacional público do nosso Estado. Infelizmente, podemos reafirmar
que as maldades continuam com certo grau de aprofundamento. A maior maldade dos
governos foi a salarial nos últimos 40 anos. Cada ano que passa o professor
possui salário menor. É puro saudosismo, mas o professor paulista na década de
sessenta era um profissional com um dos maiores salários do país.
A reengenharia estabelecida na escala de vencimentos nos diversos planos foi
para reduzir o salário dos mestres, mas podemos afirmar “nenhum governo foi
mais perverso do que o ALCKMIN”. A política salarial adotada desde seu primeiro
governo é, simplesmente, desastrosa. Seus técnicos adotaram a política salarial
que chamaram meritória que já era condenada pelos seus criadores norte-americanos.
Por outro lado, afrontando a constituição federal, não atendeu nenhuma das
regras que poderiam proteger o nosso mestre e o funcionário de escola.
O Presidente Lula, preocupado com os níveis da educação brasileira, procurou
fazer uma verdadeira revolução no sistema educacional do Brasil, ou seja: criou
várias Universidades e Institutos Federais além de inovar estabelecendo que o
“Piso Nacional do Professor”, reajustaria todos os anos com a mesma regra
estabelecida para aumento do salário mínimo que, ainda, está em vigor: O
reajuste anual será decidido com base no aumento do PIB + a inflação do ano
anterior. A regra foi tão benéfica aos professores do Norte, Nordeste e Centro
Oeste que hoje recebem salários maiores se comparados com o nosso estado.
Quando o piso foi instituído o salário paulista era o dobro do nacional e
através de políticas deliberadas pelos vários governos do PSDB, hoje o piso
paulista é 10,5% menor se comparado com o nacional.
Foi muito difícil para os professores paulistas que viram durante muito tempo,
enquanto o piso nacional aumentava, o piso paulista diminuía.
No início de 2017, o Nacional ficou 10,5% acima do paulista. Mesmo assim o
nosso governo continuou achatando o salário dos mestres. O “Santo” como é
chamado nas delações da ODEBRECHT continua insensível, inclusive, não cumprindo
as decisões Judiciais do Tribunal de Justiça do nosso Estado.
No início de 2017, baseado no piso nacional, a nossa entidade recorreu à
Justiça, a decisão foi imediata através de liminar para que o piso nacional
fosse adotado no nosso Estado com reflexo na carreira do magistério. O governo
Alckmin recorreu da decisão e continuou com sua política de “congelamento
salarial” que já dura mais de três anos. Nossa entidade recorreu ao Tribunal de
Justiça e obteve uma decisão que nada mais é do que “colocar o piso nacional na
base da carreira do Magistério paulista”. A decisão será aumentar o salário de
todos em 10,5%, com efeito retroativo a Janeiro de 2017. Isso é natural
em todos os estados que aumentam os salários dos mestres todos os anos. Já foi
estabelecido em Janeiro de 2018 o piso nacional aumentará 6,8%, portanto a
partir de Janeiro nosso estado pagará 17,3% menos que o nacional.
Parece ironia, o “SANTO MALDOSO”, quer ser Presidente da República. Nós
mostraremos ao país: Qual foi a sua atuação no tratamento aos nossos
professores! Até as regras do P.E.E. que ele sancionou continuam como letra
morta no nosso estado.
O professor é respeitado na maior parte do mundo. Só para comparar: O Estado de
Nova Iorque nos Estados Unidos paga aos seus professores 10.000 Dólares
mensais, aqui entre nós, não chega a 800 Dólares. Na Alemanha o maior salário
do funcionalismo é o do professor. Isto é uma Barbaridade! Por que Alckmin
persegue os professores?
Profº Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual da APEOESP.
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